quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Todo meu amor...

Feche os olhos e eu irei te beijar.

Amanhã sentirei saudades de você. Lembre-se que eu sempre serei verdadeiro, e enquanto eu estiver fora escreverei para casa todo dia, e mandarei todo meu amor pra você.

Vou fingir que estou beijando os lábios que sinto saudade, e esperar que meus sonhos se tornem realidade. E enquanto eu estiver fora escreverei para casa todo dia, e mandarei todo meu amor pra você.

Todo meu amor, eu mandarei pra você. Todo meu amor, querida, eu serei verdadeiro...

<3

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Nostalgia

Andei pela casa toda. Cada objeto presente na estante da sala me lembra você. Mesmo que nunca tenha tocado neles, de fato.
Da sala fui até a cozinha abri a quarta porta da esquerda pra direita, do armário amarelo queimado, que se localiza a quase um metro e meio do chão, e sim, eu alcancei. É ali onde eu guardo minhas adoráveis canecas da minha insana coleção.
Ultimamente uma dessas tais tem me chamado bastante a atenção. Não sei se é pela cor, ou pelo formato, enfim. Ela é marrom claro, é grande, digamos que podem ser colocados uns 400 ML de café bem forte, pra acordar qualquer espírito sonolento. O fato é que quando eu sirvo meu café nela, e sento-me no degrau da porta, fico imaginando nós ali, sentada. Mas todas às vezes, eu me pego sentada ali, sozinha, com uma lagrima querendo escorrer, como um pára-quedista que de tanta ansiedade, não vê a hora de saltar.
Ao invés da emoção de pular, do pára-quedista, o que eu sinto é uma leve dorzinha. Nada que não possa ser suportada, porque te levo no pensamento, mas a falta que tu me fazes é pouco suportável. E sendo assim, ficar longe de ti, é insuportável, eu diria.
A caneca marrom tem alça larga. Quando a seguro, bem forte, com as duas mãos, uma sensação boa me envolve, e a imagem da casa com janelas grandes, e as tais cobertas por cortinas escuras, que quase varrem o chão, me segam por completo, fazendo me ver ali, diante de ti, só nós e mais ninguém.
Pra falar a verdade, é as únicas coisas que eu tenho em mente nas ultimas semanas, no ultimo mês, pra ser bem exata. Meu pensamento é só teu...
Vago da cozinha para meu quarto. Quando chego aqui, vejo nós sobre a cama, como nos outros dias que nos imaginávamos deitadas sobre ela, com as penas entrelaçadas, meu lábios nos teus lábios, sorrisos no encaixe perfeito, respiração acentuada, e o lençol cobrindo nossos corpos nus.
Meus olhos nos teus me fazem lembrar o mel da abelha, de tão doces e dourados que são. Lembram-me diamantes também, pois brilham muito.
Eu procuro me distrair, e não olhar pra cama, que de fato está vazia. E meu nome quando fico longe de ti, vira nada menos que nostalgia.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Vinte e oito é o dia.

"Passou-se um mês apenas, mas elas sentem que os dias se passaram como se fossem anos. E muitos anos ainda iram passar, quando elas estiverem juntas todos os dias..."

Dia 28 de dezembro é uma data muito importante.
Um mês faz que a pequena semente chegara no imenso jardim, que era desprovido de flores.
O jardim é tão grande, que a pequenina semente, ainda não compreende como pode haver um coração tão grande quanto desse imenso jardim. E também não consegue entender, como que um jardim tão lindo, estava assim, sem nenhuma flor, com os portões trancados (de fato ela se sente contente por isso, pois o jardim esperava por ela, mesmo que a esperança dele não fosse a maior. Ele esperava por alguém que o merecesse do jeito que és. A semente fica pasma quando pensa na possibilidade do jardim nunca ter existido, e fica muito feliz por ele existir, e ela, de fato, estar ali agora).
A moça que cuida o jardim rega todos os dias à semente. Por ser assim, a semente cresce a cada dia, e o amor da semente pela moça que a rega, cresce mais a ainda.
A cada segundo a semente se sente melhor aconchegada ali, dentro daquela imensidão de terras férteis.
Grandes jardins existem, e é fato que muitas moças regam esses tais jardins. Mas a moça que rega o tal, não faz idéia do quando a semente a ama por completo.
Uma sementinha, assim, meio sem graça, que foi plantada com todo o sentimento do mundo, hoje, é maior que o tal.
A semente sempre estará ali, esperando pela moça todos os dias. Faça sol, ou chuva, caia raios, e trovões, ela sempre estará ali, a esperar... Mesmo se a moça não aparecer pra regala, ela crescera sozinha, pois o amor à rega, fazendo com que ela seja o amor, propriamente dito.
A mera semente sente que a moça sente o mesmo, e diz de imediato quando a vê com o sorriso largo e radiante no rosto, perfeitamente belo e delicado, e com o regador em mãos, que ao invés de água, a rega com os sentimentos mais puros:- Moça do jardim... Eu te tenho em mim.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Metade inteira

Pessoas dignas quando vão a feira comprar laranjas, não escolhem as tais pela casca. Apalpam para ver se dará um bom suco. Logo após apalpar, separa a laranja em duas metades, uma metade és como se fosses tu, e a outra é o interior que tu apalpaste pra ver se daria um bom suco. E então é a hora de julgar a tal laranja. Só assim saberás se o suco que será extraído dela será bom ou não. Porque o conteúdo diz tudo, e a casca é apenas uma película que envolve o bagaço. Um bagaço que pode ser bom ou ruim, e pra saber tens que provar.

Eu caminhei por muito tempo entre as bancas, não procurava nenhuma laranja, só ia observando, e até me esquecia de apalpá-las, só ia olhando... E nem a casca delas me agradava. Eu andava vagando por lá, e uma laranja surgiu na minha direção. A laranja que eu encontrei na feira, além de ser madura o suficiente pra me ensinar todas as coisas que eu ainda encontrarei na feira, e de ter uma casca maravilhosa, tem o melhor suco do que qualquer outra laranja possa ter. A laranja é tão suculenta que o suco transborda e todo o dia me encanta com o seu sabor. É aquele suco que tu nunca enjoas, e por ser assim, sempre pede mais um gole.

Seu suco eu preciso beber todos os dias...
Sem seu suco, minha amada laranjinha, eu não posso continuar, preciso dele pra seguir.

Minha metade eu encontrei.
És a mais bela metade que alguém possa encontrar,
Eu vou estar sempre aqui... Jamais partirei.

É minha metade perfeita
E por ser assim, tão minha metade,
É minha metade inteira.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Eu vôo, tu voas, ele voa, nós voamos, vós voais, eles voam.

Estou voando...
Tu caminhas lentamente misturando minhas palavras em minha mente, fazendo-as virar do avesso. No meio dessa confusão toda, eu não esqueço.
Em lentidão eu procuro me reorganizar e voltar ao chão, pois eu não sei se meu coração ainda bate, ou não.
Eu pareço sufocar. O ar eu não consigo soltar...
Você varre minhas palavras, e elas dançam ao vento como as folhas das arvores no outono. Brinca com os meus olhos, os fazendo te encontrar atrás das árvores... Tu te escondes.
-Tolo... Nunca pode se esconder do amor, ele te achara em qualquer lugar. Mesmo que seja apenas dentro de ti somente.
Tu brincas não só com meus olhos, mas com as minhas veias que ardem ao te ver.
Se eu te dissesse a verdade, talvez tu mentisses... Por não querer te amar, talvez eu te amasse... Se tu resolveste ir, eu te buscaria... Longe da realidade, apenas dentro do sentimento, agora eu estaria...
Cá estou eu, procurando respirar em mais um dia de agonia (vazia).
Minha respiração voltou. Despertei, olhei pro lado... Existia apenas um vazio, não te encontrei aqui. Mas tu ainda continuas ali, na esquina, dançando, misturando minhas palavras, varrendo-as para longe, sem que eu possa as apanhar... Continua ainda presente em mim.
O meu amor é parasita, dentro de mim habita. Procurando por ti, ele grita.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Escolha

E a música vai tocando, enquanto ele vai andando. Seus passos um tanto quanto incertos, o chão, vão alinhavando.
Uma estrada longa é a vida, e uma mais curta o chama, por estar aberta ainda a sua ferida.
Seus olhos são escuros como a noite. O luar já não ilumina mais aquilo que dizem ser vida.
Um pobre menino, que vaga por ai, sem um abraço gentil que não lhe mostre interesse.
E nesse jogo todo, o moçoilo continua andando, perto dos dois caminhos se aproximando.
A história passa rápida e linear, quando de repente um pensamento lhe foge, aqueles lindos olhos que tinha aquela linda jovem.
Enquanto seguia em linha torta, e imagem da bela moça dos olhos belos, não saia de sua mente, e o coração no seu peito batia tão rapidamente como a água na chaleira que pula no fogão por estar estupidamente fervente.
Um olhar vagando, olhando sem olhar, não podia mais em um local fixo parar, e uma voz dentro de si gritava, essa não se pode mais amar.
Os cadarços desamarrados, sujos e embarrados, eram levianamente, pisados. Em cada passo, uma incerteza, em cada incerteza, um argumento... Um argumento que de tão igual que vinha sendo, já era nulo como uma árvore sem frutos.
A escuridão tomava sua alma, como um vampiro bebe seu sangue, e o brilho do farol vinha em sua direção.
A estrada parecia pequena em relação à luz que tinha em sua direção, um aperto mais forte sentiu em seu coração, não podia mais continuar navegando em águas tão furiosas, preferiu pular do barco. O barco que antes era tão apertado e sombrio.
Jovem... Tomado pelo amor sem o telo, resolveu enviar a carta sem antes lamber o selo.
Talvez tivesse escolhido a estrada certa. E quem além dele poderá dizer que foi errada?
A luz atravessou, e o jovem dos olhos negros no chão permaneceu. O trem passou...

A sombra clareou, os olhos se fecharam, e o amor permaneceu, porém jamais será dito, a não ser que em outro lugar ele tenha renascido.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Olhos do sol


Um raio de sol
Ilumina a vida
Com seus tons amarelados
Deixa a vida refletir colorida

De cima do lago
Posso ver os cabelos do sol
Posso quase tocar as nuvens
E sentir o perfume do girassol.

Com o corpo estendido no chão
Deixo que o sol me banhe
E meu rosto resseca, como um pedaço de carvão.

A beleza da vida está nos olhos do sol
Que não se vê
Apenas se sente...
Muitas vezes ardente.

sábado, 25 de outubro de 2008

Uma flor amarela



A minha repugnância revela
Aquilo tudo que eu nunca tive coragem de relatar
E é aquela sensível rosa amarela
A minha inspiração para continuar a amar

Que uma vida como a minha, ganhou...
E por não poder falar, calou...
E como o meu amor mal regado, desabrochou.

Oh... Pequena rosa amarela...
O que restou para recordar
Foram somente lembranças dela.



Fotografia/ Presente da Mônica. :)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008


As minhas narinas aspiram o ar da impureza dos arredores, cercados por homens covardes que aguardam acomodados. E a minha boca já se cansa de dar opiniões um tanto quanto desprezadas por serem cruas e retas. O que ainda me resta, são os olhos... Que insistem em aguardar abertos para ver se um dia as coisas serão menos incorretas.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Seja de verdade, e de verdade eu serei.

Não amo pela metade
Vivo imprevisivelmente inconstante...
Apenas vivo da verdade
E deixo que digam o que acham de mim... Se for possível...

Não tente convencer-me com pouco
Pois o pouco, eu já espero...

Seja de verdade
E se eu me identificar com ela... Mostrarei-lhe
Que mesmo que seja um apenas...
Eu amarei, e não me prenderei por isso.

Vivo na liberdade
E assim, livre serei.
E a minha realidade é pura, e eu não sirvo para rei.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Sem maiores rodeios...


O pessimismo é a maior superstição.


(...)

sábado, 18 de outubro de 2008

Derreterei





Sou um ébrio
Que lustra o balcão vago
Esperando um outro copo, por obsequio.
Se bobear, os meus pés seriam capazes de sair do chão.

E o que encontro no balcão
É apenas um copo com gelo
Que de tão bêbados que os meus olhos estão
Já estou em dúvida se ainda consigo velo

Quando o gelo derreter
Virarei apenas liquido diluído em álcool...

Alguma coisa derreteu
E a força pra levantar o copo já não és tão grande, e sim a força do habito.
E tudo a minha volta está se indo...
Derreteram muito rápido.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

"Os que não eram vão, os que são vem"


Se amigos se vão
Não entristeça
Nada vai em vão...
Pois se estes já foram
Novos virão.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Que não volte

A magoa se remoendo
E as lagrimas rolam solta...
E aqui continuo vivendo
Pois se não for a minha alma, há de ser a outra.

No retrato o seu olhar me olha
Com suspiros de alegria choro
E só o que eu encontro em ti são efeitos de graçola
E minha alma de raiva, eu rôo.

As cortinas bailam aflitas
E o que restou foram lembranças
De um alguém que não voltou...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Uma formula inspirada

Minha inspiração se dispersou
De certo modo, fiquei olhando pro lado
E as palavras da minha boca, calou
Sem fitar nada, apavorado

Me senti solitário
Contudo algo na minha mente veio
Com medo de estar errado
Parei...pensei, mas não falei...
Continuei aqui parado

Sem nada a perder
Continuo ainda procurando
Alguma formula que se diga digna
Pra de imediato, continuar amando...

Posso até demorar
Mais quero encontrar
Alguma alma
Que seja capaz de me fazer amar.



Poema compartilhado hehehehe
By: Andreza, e, Anderson.

E como diz o gênio: “duas cabeças pensam melhor que uma, ainda mais se as "cabeças" pensam iguais.”

:)

sábado, 11 de outubro de 2008

Confusão


Meu espírito já é mais arrepiado do que os meus fios de cabelos nos dias de chuva. E não entendo aqueles que do nada vão e dizem que ficam, se tudo aquilo que passou, não pertencem mais a minha vida. E os amigos conhecidos que andavam comigo como uma só, desaparecem... E de todos esses amigos, agora eu tenho uma só. Essa uma um dia mudara, e eu já sei o motivo da mudança. O amadurecimento faz parte de todos nós, mas as ironias do destino me pegam de surpresa, e por culpa dessas mudanças todas eu acabo ficando presa. Antes fosse atrás das grades, mas a prisão é psicológica, e não acho maneiras que façam meus sentimentos e pensamentos se libertarem. Essa mudança toda me fez mudar, e os meus olhares incertos eu já não sei mais como disfarçar.

Eu procuro a esperança dentro do meu bolso, mas o badalar dos sinos eu já nem mais ouço...

Perdoe-me meu amigo, mas aquelas palavras que lhe disse, agora pretendo usar, mesmo que muitas delas eu não consiga de imediato me lembrar...

Minhas idéias estão fora de esquadro, e eu estou presa com elas soltas dentro da minha consciência, como se eu fosse um simples desenho em um mero quadro. E se por acaso perguntar-me quem é, e eu disser que é você, talvez não queira mais falar, e se me deixar um recado, eu não vou lembrar, pois esqueci de anotar. Assim como aqueles que sofrem por amor, cansam de amar.

Acho que não está tudo bem, mas estaria bem demais se tudo estivesse bem como deveria estar. Talvez eu não saiba me expressar e se eu soubesse o que eu estou dizendo talvez nem dissesse. Só por saber que se eu dissesse não saberia o que estou dizendo. Mas como tudo costuma se confundir, eu não entendo mais minha mente, fico perdida completamente sem deixar-me fluir... Meu sorriso já não mostra mais os dentes.

domingo, 28 de setembro de 2008

Eu ainda te contenho

Eu te evito...
E não aprendo a aceitar
que de ti eu necessito,
e que a tua falta
eu ainda sinto.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Não fique amofinado

Procuras não amofinastes
Pois o sol ainda brilha lá fora
E os pássaros não notam o teu contraste
E não a de chover agora

E na noite a lua é vistosa
E vós podeis a cortejar
Com um belo verso ou prosa.

Pois tu ais de ser pacato
E a beleza da lua
Há de reconhecer seu nobre ato

E tudo no silêncio das palavras será entendido
Se por ti, nada for dito.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Aprendi

Aprenderemos a viver realmente, quando reconhecemos o fato de que o pra sempre não existe, e um dia isso tudo que temos ira acabar. Mas que os nossos sentimentos são para a eternidade, e que isso sim, nunca morrerá.



terça-feira, 16 de setembro de 2008

Acomodados

Uma pequena minoria
comanda
uma grande maioria

A maioria
aplaude sorrindo
E sentados
são assaltados.

domingo, 14 de setembro de 2008

Um vazio


Estou vazia de alguns elementos humanos. Ou distante de mim mesma, não sei...

Eu não costumo falar diretamente dos meus problemas pessoais aqui, mas hoje me “deu” uma louca, e mesmo que eu me arrependa mais tarde, vou desabafar aqui.

Como as pessoas fazem para nunca deixar de sorrir? De certa forma, eu acho que o sorriso deveria brotar em mim, e nunca mais sair.

Quero que os meus problemas, e todos aqueles personagens idiotas reais que participam deles, se danem. Que sumam, e não voltem nunca mais.

E é somente isso que eu quero pra hoje. E que ninguém venha me falar de amor, pois se acontecer o contrario, irão ouvir aquilo que não é de fato, necessário.

E que não me tirem pra “queridinha” hoje, que não vai ser muito legal. Mas se tiver afim, vai lá... Tenta, e vê no que vai dar.

Queria abrir a portinha do precipício e jogar alguns seres medonhos que insistem em habitar minha vida. E por causa dos tais, se torna medonha também.

sábado, 13 de setembro de 2008

Auto-retrato

Uma fantasia tingida
Um fantasma que vaga por ai
A procura da vida
Ou uma amizade colorida

Uma inutilidade visível a todos
Uma utilidade
Para poucos
Um amor reprimido

Uma atitude discutível
Eu sou
Um tanto quanto invisível

Sem muito para aproveitar
Um pedacinho desconhecido entre tantos
Sem nada pra contar

Uma peça do tabuleiro
Preta, branca... Tanto faz
Quebrada, talvez.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A tarde chorou

A tarde está com cara de quem chorou
O vento sopra furioso
Os galhos das arvores dançam
E as roseiras
De um lado para o outro, se balançam.

Não se cansam...

O sol aparece, mas não permanece.
E de imediato, atrás das nuvens se esconde.
Assim o vento volta, e leva meus pensamentos para longe...
Para onde ninguém sabe onde.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Passa chuva, passa.

Essa chuva que não passa...
O meu coração que igual a ela,
vive na mais pura desgraça.
Chuva que não passa...
E o aperto que por dentro de verdade me amassa
essa chuva que não passa
passa, passa...


Passa, desgraça, passa.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Diante dos vermes



Aos levianos...
Calo-me por opção
Para que os fins,
Se justifiquem como ação


Sendo assim
Os tais, não precisarão formular uma leviana conclusão.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Um feijão mal plantado não brota


Um poema foi escrito a baixo de choro, quase não se enxergava o que estava escrevendo, apenas o tato estava presente no momento.
Dez linhas eram poucas, quase nada, pensou em fazelo um pouco maior, mas o que tinha nos pensamentos era apenas um vazio.
Queria colocar junto a uma caixa de bombons que eram os preferidos do amado, e entregar as escuras. Pois a timidez talvez, era maior que a sua coragem de tentar dizer aquilo que sonhava todas as noites, e às vezes sem sonhar, se iludia em pleno dia, e viajava por entre as nuvens, porem com os pés no chão.
Sua situação não era das melhores, parecia estar com problemas pessoais, mas tinha dificuldade de se abrir com outras pessoas. Era uma pessoa que guardava segredos, não gostava de mistérios, mas era misteriosa, era mais fechada do que a tumba, que é lacrada pro morto não sair correndo.
Tinham amigos e familiares, mas era sozinha.
Sua paixão pelo rapaz da guitarra azul, dos cabelos negros arrepiados como um porco espinho, e dos olhos esmeralda e as vezes azuis como o fundo do oceano era maior do que o monte Everest, e era mais frio do que as águas que saem da torneira no inverno congelante, e menos correspondido do que uma carta não entregue.
Como se tivesse uma bola de cristal, que nela tudo pode ser visto, sabia de tudo que com ele estava acontecendo, onde estava e com quem andava.
Já não era mais uma paixão comum, como muitos de nós já presenciamos e até vivemos. Tinha deixado de ser paixão, e agora o nome do que tinha dentro de si era obsessão.
Não aceitava conselhos, não queria se envolver ou tentar viver sem
. Queria aquele que não queria saber do amor e nem que cor ele tinha.
Certo dia resolveu contar, não diretamente para ele, mas para uma folha de papel amarela que já estava sendo ruída pelas traças.
No papel velho, como o seu amor por ele era, escreveu juras de amor e letras de músicas que eram suas favoritas, adesivos, desenhos e corações foram ali desenhadas pelas delicadas mãos que desejavam poder sentir o calor do corpo do amado, tocar seus cabelos negros como a escuridão.
Não tinha com quem desabafar, talvez até tivesse, mas a vergonha não colaborava com a vontade. Fazendo assim então que a angustia morasse dentro do seu coração.
Como uma canção que o radio já estava gasto de tanto cantar, cantava em sua mente a voz do rapaz que era doce como uma bala de mel, grave e melosa como se tivesse sido equalizada, e era como se estivesse ouvindo dentro de grandes amplificadores.
Só isso, somente ele o bastava, mas a realidade não deixava de avisar que o rapaz ali não estava.
Tomou uma decisão, que era de dizer o que dentro do seu peito guardava com aflição.
Em frente ao mercado de peixes, que fedia mais do que carniça, mascou de entregar a ele um bilhete, naquele papel velho e amarelado que dizia tudo o que sentia.
Após entregar, ficou na angustia pra saber o que ele decidiria.
Dias e dias, noites e noites, esperando por uma resposta que queria muito ouvir, ou alguma que não fosse à tão esperada, teria que desistir.

Passeando pelos campos arejados e lotados de tranqüilidade que em seu bairro havia, encontrou uma amiga.
-Hei Maria, resolvestes sair da toca? Indagou a moça com um ar de ironia.
- Não, respondeu Maria.
O silencio predominou por alguns segundos.
- O que era aquilo que vós entregastes ao João aquele dias?
Maria sentiu suas bochechas esquentarem, ficou roxa de vergonha, e não sabia se dizia ou não. Foi quando disse:
-O que havia escrito lá, não diz respeito a ninguém, a não ser para eu e ele.Não estou querendo lhe ofender nem estou sendo grossa, só quero guardar um segredo, e depois contarei.
A menina, amiga de Maria, não sabia se fala ou ficava quieta, não sabia se deixava Maria se iludir ou contava a ela aquilo que teria visto em instantes após João receber o bilhete.
Não agüentou e falou:
-Maria, preciso lhe contar algo.
-Diga logo. Disse Maria aflita.
- Logo depois que tu entregaste o tal do bilhete ao João, ele leu.
Maria empolgou.
-Me diga, ele gostou... O que disse? Ele me assumira como sua namorada para todos saberem?
-Não queria lhe contar para não te ver triste, mas também não queria lhe ver iludida,alimentando algo que não existe. Então vou lhe contar. João ficou lendo o bilhete por alguns minutos, e após isso começou a rir sem parar como se ali estivesse escrito algo engraçado ao ponto de deita e rolar. Depois chamou os seus colegas e mostrou, logo depois rasgou e jogou fora, como se o que ali tinha escrito não teria significado algum para ele. Desculpe-me por dizer, mas achei que pudesse ser melhor assim, e você poderá ver quem é João realmente. Contou a menina.
Maria não agradeceu nem a criticou, saiu e nada falou. Foi caminhando lentamente até chegar a sua casa, onde em seu quarto deitou em sua cama, e a lagrima quente escorreu pela face.
Não sabia se era ódio, mas alguma coisa dentro dela gritava como se fosse explodir. O que ela mais queria poder sumir e não ver João jamais.
João teria acabado com o seu grande sonho, talvez o único que tinhas, ele não pensou em lhe dar uma chance e nem se quer pensou nas conseqüências de seus atos.
Para muitos viver amando e não ser amado é normal, por que só querem aquele e a mais ninguém. Para outras pessoas, viver assim é cruel e terrível, pois querem esquecer e não conseguem. E se esquecem de lembrar que jamais conseguimos esquecer pessoas que marcam nossas vidas, como se fosse com um carimbo que ninguém consegue apagar, e se tentarmos isso de mais, uma grande ferida poderá ficar, e muitas vezes aberta sem cicatrizar.
E a todos aqueles que desprezam o amor dos outros por diversão, uma coisa eu tenho em meu coração: “coitado desse que um dia tiver uma grande paixão”.
Maria, como muitas outras, seguiu em frente e deixou para trás todo o sofrimento que um dia tivera com seu amor platônico. Só levou consigo um vazio incolor.
Já João permaneceu sozinho, como um feijão que não brotou.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Refletores


As águas claras
São refletores...
Reflexos da alma.

sábado, 6 de setembro de 2008

Deixe rir



Passam por mim,
E riem
Será que sirvo para palhaça?
Ou riem de mim como se um palhaço vissem?



sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Visita inesperada

A morte não trás consigo, relógios.
Não agenda a visita
Inesperadamente chega
Para levar-te junto.
(Hora da partida)

É uma criança ingrata
Maldosa
Sem ao menos, piedade
Basta presenciar e veras a verdade

Noite ou dia
Indiferente
Esperta
Fica espiando ansiosa na vigia

Um olhar abominável
Vimos uma vez somente
Passa longe de ser amigável

Morrer, é dormir tragicamente
Mas as vezes nem sempre...
Depende de cada paciente.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Meus pés permanecem intactos




Vôo mentalmente

E no chão, os meus pés permanecem

Pois quando eu cair

Pouca coisa me acontece


E se eu me machucar

Aquela ferida aberta

Um dia desaparece.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

A fúria as vezes é maior que nós mesmos

Existem varias formas de expressar a raiva. O modo verbal e o modo físico de agredir alguém. Um fator da segmento ao outro, pois depois de insultar uma pessoa, o individuo descontrolado agride fisicamente, sem dó, e muito menos, sem piedade.

Na hora que o sangue sobe fervente, não se pensa em nada. E é ai que as coisas se agravam, pois o individuo se revolta e desconta sua fúria sem ao menos pensar nos danos que poderá causar.

Muitas vezes descontamos a raiva em pessoas que não tem nenhum tipo de envolvimento com o que esta se passando dentro dos nossos pensamentos. Mas mesmo assim sem pensar, acabamos cometendo o erro de agredir verbalmente uma pessoa sem dos darmos conta disso. Quando nos damos conta, já despejamos a fúria em cima de alguém, e ai então, é tarde.

Se na hora de fúria, um individuo que está insultando o outro não gostar das respostas que serão ditas, ele o agredira por isso.

Como vivemos num mundo onde pessoas, falam, pensam e agem completamente diferente um do outro, talvez discordem, mas creio que se, uma pessoa no “auge” da raiva, se não procurar se acalmar, ou se não parar pra pensar, com certeza ira cometer danos e depois se arrependera. Mas se arrepender é fácil de mais.

Por isso temos que pensar antes de agir, antes de xingar, agredir e outras barbaridades que acabamos cometendo.

Devido a tudo isso e muito mais que estamos acostumados a ver e rever no nosso cotidiano, não tem como discordar da frase de Thomas Hobbes: “O homem é o lobo do homem”. O homem agride o a sua própria espécie com a mesma irracionalidade que um lobo faz. E Talvez Muitos seres irracionais sejam muito mais racionais que muitos homens racionais.

Segundo isso, temos que estar sempre nos “auto policiando”. Pois o lobo que existe dentro de cada homem, as vezes vem a tona causando danos. E depois doas absurdos cometidos lobo recua com o rabo entre as pernas. Arrependido. Até que o lobo seja contrariado, e volte a atacar novamente.

sábado, 30 de agosto de 2008

Espelho espantado

O espelho arrepiado diz
-Quem é você?
Com o calendário atrasado
Não reconhece quem vê

A expressão mais avançada
Com ares de espanto
O coração dispara

Sem saber o que pensar
A alma se apavora.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Quantidade ou qualidade?

Maria pede ao chegar no balcão:

-Me vê uma fatia, nem grande, nem pequena dessa torta de bombons. Por favor

Quando a balconista estava já cortando a tal fatia que Maria tinha lhe pedido, ouve as palavras ansiosas da mulher:

-Não corte ainda, primeiro preciso saber quanto custa, pelo fato de ter outras coisas para comprar, não posso só isso pra casa levar.

-Está dez reais o quilo, senhora. Respondeu gentilmente a balconista

Os olhos de Maria pareciam que iam saltar da cara, e por um instante a pobre balconista achou que tinha falado algo de muito grave.

-Tudo isso por esse misero pedaço de bolo? Estão ficando malucos aqui? Maria se alterou.

A balconista nada podia fazer, nem diminuir o preço, nem alterar a voz como Maria havia feito, porque afinal, cliente é cliente. Foi quando no impulso perguntou:

-A senhora quer qualidade ou quantidade?

-Quantidade. Respondeu Maria, seca.

-Então a senhora que compre um saco de farelo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Foram

Tantas bocas

Riram

Tantas mascaras

Caíram

Tantas mentiras

Falaram

Tantas verdades

Voaram

Tantas forças

Representaram

Tantos dias

Passaram

Tantos conceitos

Criaram

Tantos inocentes

Pagaram

Tantos covardes

Calaram

Tantos milhões

Roubaram

Tantas crianças

Gritaram

Tantas horas

Demoraram

Tantos que foram

Não voltaram

Tantos que amavam

Choraram

Tantas saudades

Ficaram.

Bipolar


“O transtorno afetivo bipolar era denominado até bem pouco tempo de psicose maníaco-depressiva. Esse nome foi abandonado principalmente porque este transtorno não apresenta necessariamente sintomas psicóticos, na verdade, na maioria das vezes esses sintomas não aparecem. Os transtornos afetivos não estão com sua classificação terminada. Provavelmente nos próximos anos surgirão novos subtipos de transtornos afetivos, melhorando a precisão dos diagnósticos. Por enquanto basta-nos compreender o que vem a ser o transtorno bipolar. Com a mudança de nome esse transtorno deixou de ser considerado uma perturbação psicótica para ser considerado uma perturbação afetiva.

A alternância de estados depressivos com maníacos é a tônica dessa patologia. Muitas vezes o diagnóstico correto só será feito depois de muitos anos. Uma pessoa que tenha uma fase depressiva, receba o diagnóstico de depressão e dez anos depois apresente um episódio maníaco tem na verdade o transtorno bipolar, mas até que a mania surgisse não era possível conhecer diagnóstico verdadeiro. O termo mania é popularmente entendido como tendência a fazer várias vezes a mesma coisa. Mania em psiquiatria significa um estado exaltado de humor que será descrito mais detalhadamente adiante.

A depressão do transtorno bipolar é igual a depressão recorrente que só se apresenta como depressão, mas uma pessoa deprimida do transtorno bipolar não recebe o mesmo tratamento do paciente bipolar."

“O início desse transtorno geralmente se dá em torno dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo após os 70 anos. " (http://www.psicosite.com.br/tra/hum/bipolar.htm)

É... Acho que realmente eu não sou normal.

Na maioria das vezes o que me faz mudar de humor repentinamente é a ignorância alheia.

Não estou dizendo que as pessoas têm falta de competência, ou é incapaz, nada disso, só o que quero colocar aqui é que não entendo como uma pessoa pode ser tão ignorante, ao pondo de ignorar a semelhança com as outras pessoas.

Não sei se "semelhança" seria a palavra certa, mas o que eu quero dizer é que não entendo como uma pessoa não consegue entender que no mundo gigante que vivemos, existem pessoas com os mesmos gostos, ou parecidos com os dela.

Não entendo, parece que querem ser "donos" daquilo que gostam.

Imagina a hipótese de um fã de um ator famoso, por exemplo. Imagina se um ser insano quisesse ser dono desse ator, ignorando o fato de existirem outras pessoas também gostam, e também falar, comentar, criticar, enfim.

Acho isso ridículo, porque as pessoas não podem querer as coisas só pra elas, deveriam deixar o egoísmo um pouco de lado e deveriam saber dividir as coisas.

Porque imagina se um ser que não bate muito bem, decide não aceitar que algumas pessoas gostam das mesmas coisa que ele e sair por ai ignorando-as.

Definitivamente não entendo, mas existem pessoas assim. E eu já senti na pele o que é ser ignorado por gostar das mesmas coisas que um outro alguém gosta.

Não deveriam ficar de “cara amarrada” por besteiras como essa, e deveriam ver o lado bom, que agora descobrindo que existe alguém que goste da mesma coisa poderá dividir informações, e tudo mais.

Mas se fosse assim acho que seria perfeito de mais.

Por isso que minha mudança de humor é repentina, não suporto esses tipos de atitudes, e aí eu surto.

Acho que ficou muito confuso isso aqui. Mas é assim que penso, confuso.


Essas imagens são do filme "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" (recomendo).

Postei essas duas imagens por que mostra mudança de humor. Da até pra brincar de sete erros nas imagens: repare nas pessoinhas perto do carro, na primeira imagem se vê somente duas pessoas, e na segunda, três. hehehe

Isso foi um desabafo que tava trancado dentro de mim já fazia algum tempo, e eu precisava botar pra fora. Pode ser que eu mearrependa, mas pra hoje o que eu tenho é isso, e ainda não me arrependi.

domingo, 24 de agosto de 2008

Mulher da nova era

A era da tecnologia, da globalização, onde o homem vem sendo substituído em muitas funções por maquinas. Uma época em que somos livres para ser, fazer, pensar, agir do modo que nos adaptarmos melhor (mas muitas vezes falta a liberdade de expressão).

A mulher “saiu do armário” e vem conquistando o seu lugar de cidadão na sociedade cada vez mais. Não são somente a mulher do marido, que cozinha, passa, lava e cuida dos filhos.

Mesmo que ainda exista machismo, nós mulheres, continuamos lutando pelos direitos de igualdade que deve haver entre homem e mulher dentro da sociedade. Seja ao votar, ou no modo de agir e se portar. Muitas mulheres ainda vivem com seu “eu” um tanto quanto reprimido, digamos assim, que acredita que a mulher é aquele ser que sempre tem que sempre se portar impecavelmente diante da sociedade, que sempre tem que dizer sim, e abaixar a cabeça. A mulher tem que deixar de pensar com a cabeça do homem, e pensar com a dela própria, não deixando que o machismo, mesmo que não seja como antigamente, tome conta.

As mulheres que hoje são um ser independente, não devem esquecer de grandes mulheres que quebraram os tabus da época e fizeram com que hoje, nós, mulheres fossemos mais reconhecidas como cidadão. Mulheres como: Nossa grande heroína Anita Garibaldi, Florbela Espanca, Leila Diniz, Dercy Gonçalves, Rita Lee e tantas outras.

Acredito que tanto a mulher tanto o homem, tem que deixar de ter aquela postura tão politicamente correta, e serem mais quem realmente são de verdade. Deveriam deixar de se preocupar tanto com a aparência, e aparentarem mais o que de fato são.

Afinal, "Toda mulher quer ser amada/ Toda mulher quer ser feliz/ Toda mulher é meio Leila Diniz” (Rita Lee).

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Fútil

Inconsciente de atitude
Útil para si mesmo
Palavras pequenas
Pessoa pequena

Vive da ilusão
Leviana
Seria ou não
Um ser pobre de conclusão?!

Vale aparência
Ética não se vê
Conteúdo não aparenta

Pensamentos pequenos
Regride
Quase sempre

Fala sem saber
Repete sem entender.




Quanta futilidade no mundo de hoje...
“O fulano comprou um celular novo, eu também quero...”
“Se o sicrano for eu vou...”
“O fulano disse que é assim e assado...”

As pessoas deveriam pensar mais por si próprias e não se deixar levar pelo outros falam. Deveriam deixar um pouco de lado o verbo “ter” e adotar o verbo “ser”. Deveriam também ter mais personalidade, e não morar sempre em cima do muro. Porque mesmo se o concreto for bom, um dia o muro cai, e assim vão ter que construir seus próprios muros, com suas opiniões e com aquilo que de fato acreditem.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Palavras são palavras




Palavras ficam isoladas
No fundo do pensamento
Guardadas
Esperando, para que de lá, sejam resgatadas.

Se permanecerem
Como as noticias nos jornais
Serão lembradas

E como todos, envelhecem
Mas de ser ditas
De fato, jamais se esquecem.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

No fim, tudo é uma piada


"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela

termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está

todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer

primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo,

até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo.

Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você

trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder

aproveitar sua aposentadoria.Aí você curte tudo, bebe

bastante álcool, faz festas e se prepara pra

faculdade.

Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira

criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um

bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus

últimos nove meses de vida flutuando....E termina tudo

com um ótimo orgasmo!!! Não seria perfeito?"

Charles Chaplin


Gênio.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Era Papel

Existia um jacaré, que gostava de ganhar dinheiro e tirar sarros com a cara dos outros e se gabava por causa do seu emprego.

O jacaré era policial, e devido a isso ele tinha o dever de zelar e cuidar dos conflitos existentes no seu convívio na sociedade. Que de fato eram muitos.

O jacaré se chamava Jorge. Jorge tinha dentes enormes, dos quais se gabava muito.

Certo dia Jorge estava fazendo uma blitz e tinha que parar todos os veículos de carga que trafegavam de uma região a outra. Porque existia um bando de hienas que haviam roubado um banco e estavam tentando fugir para outra cidade.

Jorge avistou a alguns metros de onde estava, um caminhão com duas hienas. Ele se encarregou de avisar a todos seus companheiros de trabalho, que tinha avistado os ladrões.

Sem pensar, ele atirou. A bala atravessou o vidro do caminhão e atingiu uma hiena. Devido ao tiro, a hiena ficou inconsciente.

A outra hiena desesperada sem saber o que fazer, fica parada onde está. Paralisada.

O jacaré e seus companheiros chegaram onde as hienas estavam, e com os seus enormes dentes, ficou se “aparecendo” e os ofendeu com palavras de baixo calão.

Os jacarés perguntaram onde as hienas haviam escondido todo o dinheiro que haviam roubado do banco. A hiena que estava consciente, porem assustada, respondeu rápido e repetitivamente que não sabia de dinheiro nenhum.

Jorge mandou que os executassem, por que eles então os esconderiam em algum lugar onde ninguém pudesse imaginar. E mentiriam que não haviam os encontrados e assim ficariam com o dinheiro roubado e repartiriam o dinheiro entre eles.

Depois de executar as hienas, foram até a parte inferior do caminhão para pegar o tal dinheiro.

Quando abriram os sacos que havia dentro do caminhão, tiveram um apavoramento, por que o que tinham dentro dos sacos ao invés do dinheiro, era papeis que certamente teriam que ser entregues a todas as livrarias da cidade.

O jacaré Jorge esqueceu de lembrar que existem muitas hienas no mundo. E que nem todas elas são necessariamente iguais.

As hienas de fato, não voltaram mais para suas casas, e o seu jacaré e seus colegas continuam a solta. Cuidado.

Um Ídolo

É difícil para um fã ver ser ídolo na "sarjeta".

Um ídolo que tem tudo pra dar certo, canta bem, tem postura no palco, músicas maravilhosas... E sem dúvidas, é hoje uma das artistas mais talentosa de todos os tempos, se não a mais talentosa.

E esse ídolo vai se detonando a cada dia que passa. A cada dia você ouve uma noticia nova, ruim de fato.

Um ídolo que conquistou tanto e agora parece tão pouco, se deixando levar pelas drogas. E a mídia nas suas custas faz a festa.

Um ídolo tão novo, que torço pra que muitos anos de vida pela frente... Se ao menos se cuidasse...

É difícil ver alguém que você realmente gosta nesse estádio. Critico por sinal.

Creio que esse ídolo precisa de ajuda, mas o primeiro passo é ele mesma se ajudar.

Esse ídolo ganhou uma réplica de cera no famoso museu Madame Tussauds, em Londres.

E o que eu torço todos os dias, é pra que esse ídolo, Amy Winehouse, não acabe somente na estatua de cera.

Imagem da réplica de cera de Amy:


domingo, 17 de agosto de 2008

Continuou



Passos curtos, cumpridos, vão e vem, palavras misturadas, pessoas diferentes, e outras disfarçadas.

No corredor ela vai, passo a passo, quase cai. Rostos deferentes, sorrisos verdadeiros, sorrisos amarelados, sorrisos mal dados... Ali tudo se vê, basta querer.

A alguns metros dali, enxerga quem não queria enxergar, por um segundo a ansiedade medrosa fez seu coração parar. Os passos diminuíram, não sabia se parava ou se seguia. Queria mas não queria.Ele a viu, e fingiu que algo dentro dele nada sentiu. Seu pensamento fugiu.

Os olhos se olharam, as bocas se abriram, e as almas suspiraram.

No mar azul do seu olhar ela se perdeu, e a escuridão do dela, ele conheceu. Aproximavam-se, e o coração de ambos, bateu. Tudo em volta parecia andar lentamente, como em câmera lenta, e todas as pessoas ali andavam como se pisassem em ovos, devagar, e suavemente.O sol banhava o corredor, as cortinas abanavam com o vento frio que fazia naquela manhã de inverno, que para ela era vazia.

Queria desaparecer como nos filmes... Os passos dela se aproximavam dos dele, e as criaturas em volta, pareciam abrir caminho. Ela ia pensando em tudo e tropeçando em seus próprios passos, nos seus cadarços do all star vermelho como a cor da sua camiseta, que combinava com sua causa jeans, ia pensando e imaginando dois a sós. Com os pés molhados na areia da praia como se vê nos filmes de romance, onde tudo da certo.

Ele queria, mas não sabia demonstrar, só queria caminhar e dela passar, mas ao mesmo tempo queria parar e conversar, mas o assunto se escondia.

O espaço da distancia era menor, cada um que passava, notava, a aflição da menina, que gostava e desgostava.

Ele sabia que não podia, mas queria, ela não queria, e nem podia, pelas ofensas do passado não podia perdoar, mas perdoava.

Há tempos que os dos se conheciam, até os desejos mais profundos, os objetivos, sonhos, defeitos, até mesmo os lábios ardentes de paixão. Se não fosse a terceira pessoa que se envolveu nesse romance tão balançado, tudo acabaria bem. Até que chegasse um novo alguém, que iria roubar esse sentimento de alguém.

Um ser que não sabia amar, só sabia querer. Não tinha objetivo, e roubava indiretamente os da moça da camiseta vermelha que combinava com o all star que eram que combinavam com a calça jeans.

Eram amigos, de escola, de passeios, de conversar, de amigos.

Essa terceira pessoa, de fato cometeu um assalto. Roubou um sentimento de amor que existia lá no alto. Quando menos esperavam, uma naja ali havia, e talvez a menina até soubesse, mas fingia que desconhecia. Com um sentimento bonito, destruiu, e quando tudo se arruinava de fininho saiu.

Ele pediu desculpa a moça da camiseta vermelha, ela não sabia dizer não, porque o sentimento dela ainda continuava vivo. Não intacto, por estar machucado e por ter sido ferido, mas continuava vivo. Só não queria velo mais ao vivo. Ela soube perdoar e a terceira pessoa sempre tenta a ver fraquejar... A moça do altar dessa pessoa continuou amiga, por não gostar de brigas, mas nada tampou a ferida, que continua aberta e viva.

Meninas diversificadas dentro do coração dele já passaram e no dela, um único só. Que ela mesmo sente dó.

Devido a tudo isso que foi relatado, e muito mais que pela terceira pessoa foi aprontado, os seus passos andavam ainda meio atrasados.

Só sabia deitar e chorar, por saber que esse alguém nunca mais vai voltar.

Um centímetro se era, era muito. Sabia que não poderia passar e nada falar, mas não queria mais encontrar.

Os olhos se entreolharam novamente, um sorriso verdadeiro se abriu, e um sentimento de alivio um quanto o outro, sentiu. Um beijo educado no rosto foi dado, um "tudo bem" foi perguntado, e respondido foi um "bem".

Tudo voltava ao normal, as pessoas falavam alto e caminhavam rápido, os dois iam caminhando em direções diferentes, ela olhava e ele de lado já ia seguindo.

As pessoas para suas salas entraram, e na escada ele desceu, ela fingiu ser forte, mas sofreu. Vendo seu amado, que ali já não estava mais parado, chorou por dentro por não o ter do seu lado.

Por mais que quisessem ser amigos de novo, a intimidade parecia fugir e nem um nem outro conseguia interagir. O duro foi ter que entender que cada um tinha que ir, e seu caminho próprio seguir. Sabem que um no outro vai ficar guardado, e na história, ficar marcado. Só o que ela quer é que tudo volte como era antes, ele já não sabe...

Ela esta sempre só, ele tem amigos como só, o tempo vai passando e as coisas pouco a pouco se ajeitando, até que ela se esquece, e se pega imaginando...

Ele não se lembra, mas relembra das baixezas que cometeu, e um grande amor perdeu...

Ela só lamenta, e quando pensa, quase não agüenta...

O que restou foram os retratos que dentro de uma caixa se encontram trancados, tristes por não serem olhados.

Uma extensão desse amor não vai se apagar, e sabe que a amizade, mesmo que distante vai ficar... E isso a faz lembrar, sorrir, chorar...

Um dia desses pode tudo voltar a ser, e um do outro não vai mais estar fugindo, e seus caminhos enfim, vão seguindo, e um dentro do outro vão sentindo, como seria se a terceira pessoa nunca tivesse aparecido.

sábado, 16 de agosto de 2008

Improviso...

Eu acho bacana ter um blog, onde as pessoas contam coisas de suas vidas, ou textos, enfim. Eu nunca tive um blog, devido a isso, vamos ver como vou me sair. (espero que bem) obvio que hoje as coisas não vão fluir muito, mas com o tempo vou criando uma certa intimidade aqui, digamos assim.

Como é minha primeira vez aqui, vou improvisar...
Eu resolvi criar um blog pra contar coisas do meu cotidiano insano e colocar aqui algumas coisas que escrevo (poemas, se é que podem ser nomeados assim). Ou escrever quando tiver vontade mesmo. Porque as vezes eu sofro de transtorno bipolar, e assim como eu quero eu posso daqui um segundo não mais querer. haha!

Além de ter alguns transtornos bipolares, acho que sofro de agorafobia (?). ahahaha
Eu não sei, mas tenho algumas características em comum com esse pânico que é agorafobia.

Características:

“A relação entre a agorafobia e o pânico é muito próxima”. Existe transtorno do pânico sem agorafobia, mas a agorafobia sem pânico é rara, havendo até mesmo quem afirme que não existe agorafobia isoladamente. De 1/3 a 1/2 dos pacientes com pânico apresentam agorafobia. As crises de pânico são bastante desagradáveis, mas não afetam o ritmo de vida como a agorafobia faz: torna os pacientes dependentes de outras pessoas para sair de casa e fazer as coisas mais elementares como comprar um pão na padaria. A agorafobia pode impedir o paciente de ir ao trabalho, ao médico, de ajudar quem dele precisa. Pode até impedir o paciente de comparecer a ocasiões especiais como o casamento do próprio filho. A agorafobia pode tanto se manifestar de forma específica ou generalizada como sair de casa. Os lugares específicos mais freqüentemente atingidos pela a agorafobia são os túneis, passarelas, pontes, avenidas largas ou rodovias; pode se manifestar pelo medo de multidões como nos shopping centers, restaurantes, filas, cinemas, teatros, elevadores. A limitação eventual incomoda pouco, mas quando atinge locais essenciais como ônibus, carros, metrô ou trens a vida do paciente fica bem mais comprometida. Toda essa dificuldade sempre é superada pela companhia de alguém: às vezes basta uma criança como companhia para o agorafóbico sentir-se tranqüilo. Por causa da necessidade de companhia, a agorafobia interfere na dinâmica da família. Há pacientes que não toleram ficar sozinhos em casa, precisando ou exigindo a presença de alguém. Este tipo de problema provoca irritação nos parentes que quando não conhecem o problema passam a hostilizar ou ridicularizar o paciente que sofre com sua ansiedade e com a incompreensão. Quando o tratamento não é feito ou não é conhecido, o paciente realmente depende da presença de outras pessoas, e surge com isso um sentimento de culpa por estar interferindo na vida dos outros e ao mesmo tempo uma inconformidade com essa situação incontrolável é incompreensível para o próprio paciente. A impossibilidade de solucionar o problema leva o paciente a pensar em suicídio e a desenvolver um quadro depressivo."

Eu não sou depressiva nem penso em cometer suicídio, mas como eu não sei o dia de amanhã... Eu não posso dizer nada.

Eu realmente odeio locais onde tem muita gente em volta, eu amo ir a shows, mas me sinto super desconfortável com todo aquele tumultuo de pessoa em minha volta. Mas eu agüento, e isso indica que meu caso não é tão ruim assim.

Eu não gosto de ir a padaria, mas nunca achei que isso de certa forma fosse uma "doença". Acreditava que era preguiça mesmo. hahaha .______.

Mas de fato é real, que quando tenho companhia faço qualquer coisa e vou a qualquer lugar, seja onde tem grande concentração de pessoas ou não.

Também odeio freqüentar médicos, mas achei que isso acontecesse pelo fato de eu ter meio que um anseio estúpido de jalecos brancos, e de me sentir sufocada com aquele cheiro de luvas de dentista que os hospitais tem.

Ou sei lá, achei que eu pudesse sofrer de um leve distúrbio mental mesmo. Sei lá.

Mas dizem que isso "cura" espontaneamente ao longo do tempo. E enquanto isso eu fico aqui, escrevendo, escrevendo...
Afinal, nem sei se sou agorafóbico mesmo!

Meus erros de português são constantes, por isso, desconsiderem.
Tomara que seja visitado. Enfim, era isso.