sábado, 30 de agosto de 2008

Espelho espantado

O espelho arrepiado diz
-Quem é você?
Com o calendário atrasado
Não reconhece quem vê

A expressão mais avançada
Com ares de espanto
O coração dispara

Sem saber o que pensar
A alma se apavora.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Quantidade ou qualidade?

Maria pede ao chegar no balcão:

-Me vê uma fatia, nem grande, nem pequena dessa torta de bombons. Por favor

Quando a balconista estava já cortando a tal fatia que Maria tinha lhe pedido, ouve as palavras ansiosas da mulher:

-Não corte ainda, primeiro preciso saber quanto custa, pelo fato de ter outras coisas para comprar, não posso só isso pra casa levar.

-Está dez reais o quilo, senhora. Respondeu gentilmente a balconista

Os olhos de Maria pareciam que iam saltar da cara, e por um instante a pobre balconista achou que tinha falado algo de muito grave.

-Tudo isso por esse misero pedaço de bolo? Estão ficando malucos aqui? Maria se alterou.

A balconista nada podia fazer, nem diminuir o preço, nem alterar a voz como Maria havia feito, porque afinal, cliente é cliente. Foi quando no impulso perguntou:

-A senhora quer qualidade ou quantidade?

-Quantidade. Respondeu Maria, seca.

-Então a senhora que compre um saco de farelo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Foram

Tantas bocas

Riram

Tantas mascaras

Caíram

Tantas mentiras

Falaram

Tantas verdades

Voaram

Tantas forças

Representaram

Tantos dias

Passaram

Tantos conceitos

Criaram

Tantos inocentes

Pagaram

Tantos covardes

Calaram

Tantos milhões

Roubaram

Tantas crianças

Gritaram

Tantas horas

Demoraram

Tantos que foram

Não voltaram

Tantos que amavam

Choraram

Tantas saudades

Ficaram.

Bipolar


“O transtorno afetivo bipolar era denominado até bem pouco tempo de psicose maníaco-depressiva. Esse nome foi abandonado principalmente porque este transtorno não apresenta necessariamente sintomas psicóticos, na verdade, na maioria das vezes esses sintomas não aparecem. Os transtornos afetivos não estão com sua classificação terminada. Provavelmente nos próximos anos surgirão novos subtipos de transtornos afetivos, melhorando a precisão dos diagnósticos. Por enquanto basta-nos compreender o que vem a ser o transtorno bipolar. Com a mudança de nome esse transtorno deixou de ser considerado uma perturbação psicótica para ser considerado uma perturbação afetiva.

A alternância de estados depressivos com maníacos é a tônica dessa patologia. Muitas vezes o diagnóstico correto só será feito depois de muitos anos. Uma pessoa que tenha uma fase depressiva, receba o diagnóstico de depressão e dez anos depois apresente um episódio maníaco tem na verdade o transtorno bipolar, mas até que a mania surgisse não era possível conhecer diagnóstico verdadeiro. O termo mania é popularmente entendido como tendência a fazer várias vezes a mesma coisa. Mania em psiquiatria significa um estado exaltado de humor que será descrito mais detalhadamente adiante.

A depressão do transtorno bipolar é igual a depressão recorrente que só se apresenta como depressão, mas uma pessoa deprimida do transtorno bipolar não recebe o mesmo tratamento do paciente bipolar."

“O início desse transtorno geralmente se dá em torno dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo após os 70 anos. " (http://www.psicosite.com.br/tra/hum/bipolar.htm)

É... Acho que realmente eu não sou normal.

Na maioria das vezes o que me faz mudar de humor repentinamente é a ignorância alheia.

Não estou dizendo que as pessoas têm falta de competência, ou é incapaz, nada disso, só o que quero colocar aqui é que não entendo como uma pessoa pode ser tão ignorante, ao pondo de ignorar a semelhança com as outras pessoas.

Não sei se "semelhança" seria a palavra certa, mas o que eu quero dizer é que não entendo como uma pessoa não consegue entender que no mundo gigante que vivemos, existem pessoas com os mesmos gostos, ou parecidos com os dela.

Não entendo, parece que querem ser "donos" daquilo que gostam.

Imagina a hipótese de um fã de um ator famoso, por exemplo. Imagina se um ser insano quisesse ser dono desse ator, ignorando o fato de existirem outras pessoas também gostam, e também falar, comentar, criticar, enfim.

Acho isso ridículo, porque as pessoas não podem querer as coisas só pra elas, deveriam deixar o egoísmo um pouco de lado e deveriam saber dividir as coisas.

Porque imagina se um ser que não bate muito bem, decide não aceitar que algumas pessoas gostam das mesmas coisa que ele e sair por ai ignorando-as.

Definitivamente não entendo, mas existem pessoas assim. E eu já senti na pele o que é ser ignorado por gostar das mesmas coisas que um outro alguém gosta.

Não deveriam ficar de “cara amarrada” por besteiras como essa, e deveriam ver o lado bom, que agora descobrindo que existe alguém que goste da mesma coisa poderá dividir informações, e tudo mais.

Mas se fosse assim acho que seria perfeito de mais.

Por isso que minha mudança de humor é repentina, não suporto esses tipos de atitudes, e aí eu surto.

Acho que ficou muito confuso isso aqui. Mas é assim que penso, confuso.


Essas imagens são do filme "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" (recomendo).

Postei essas duas imagens por que mostra mudança de humor. Da até pra brincar de sete erros nas imagens: repare nas pessoinhas perto do carro, na primeira imagem se vê somente duas pessoas, e na segunda, três. hehehe

Isso foi um desabafo que tava trancado dentro de mim já fazia algum tempo, e eu precisava botar pra fora. Pode ser que eu mearrependa, mas pra hoje o que eu tenho é isso, e ainda não me arrependi.

domingo, 24 de agosto de 2008

Mulher da nova era

A era da tecnologia, da globalização, onde o homem vem sendo substituído em muitas funções por maquinas. Uma época em que somos livres para ser, fazer, pensar, agir do modo que nos adaptarmos melhor (mas muitas vezes falta a liberdade de expressão).

A mulher “saiu do armário” e vem conquistando o seu lugar de cidadão na sociedade cada vez mais. Não são somente a mulher do marido, que cozinha, passa, lava e cuida dos filhos.

Mesmo que ainda exista machismo, nós mulheres, continuamos lutando pelos direitos de igualdade que deve haver entre homem e mulher dentro da sociedade. Seja ao votar, ou no modo de agir e se portar. Muitas mulheres ainda vivem com seu “eu” um tanto quanto reprimido, digamos assim, que acredita que a mulher é aquele ser que sempre tem que sempre se portar impecavelmente diante da sociedade, que sempre tem que dizer sim, e abaixar a cabeça. A mulher tem que deixar de pensar com a cabeça do homem, e pensar com a dela própria, não deixando que o machismo, mesmo que não seja como antigamente, tome conta.

As mulheres que hoje são um ser independente, não devem esquecer de grandes mulheres que quebraram os tabus da época e fizeram com que hoje, nós, mulheres fossemos mais reconhecidas como cidadão. Mulheres como: Nossa grande heroína Anita Garibaldi, Florbela Espanca, Leila Diniz, Dercy Gonçalves, Rita Lee e tantas outras.

Acredito que tanto a mulher tanto o homem, tem que deixar de ter aquela postura tão politicamente correta, e serem mais quem realmente são de verdade. Deveriam deixar de se preocupar tanto com a aparência, e aparentarem mais o que de fato são.

Afinal, "Toda mulher quer ser amada/ Toda mulher quer ser feliz/ Toda mulher é meio Leila Diniz” (Rita Lee).

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Fútil

Inconsciente de atitude
Útil para si mesmo
Palavras pequenas
Pessoa pequena

Vive da ilusão
Leviana
Seria ou não
Um ser pobre de conclusão?!

Vale aparência
Ética não se vê
Conteúdo não aparenta

Pensamentos pequenos
Regride
Quase sempre

Fala sem saber
Repete sem entender.




Quanta futilidade no mundo de hoje...
“O fulano comprou um celular novo, eu também quero...”
“Se o sicrano for eu vou...”
“O fulano disse que é assim e assado...”

As pessoas deveriam pensar mais por si próprias e não se deixar levar pelo outros falam. Deveriam deixar um pouco de lado o verbo “ter” e adotar o verbo “ser”. Deveriam também ter mais personalidade, e não morar sempre em cima do muro. Porque mesmo se o concreto for bom, um dia o muro cai, e assim vão ter que construir seus próprios muros, com suas opiniões e com aquilo que de fato acreditem.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Palavras são palavras




Palavras ficam isoladas
No fundo do pensamento
Guardadas
Esperando, para que de lá, sejam resgatadas.

Se permanecerem
Como as noticias nos jornais
Serão lembradas

E como todos, envelhecem
Mas de ser ditas
De fato, jamais se esquecem.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

No fim, tudo é uma piada


"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela

termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está

todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer

primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo,

até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo.

Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você

trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder

aproveitar sua aposentadoria.Aí você curte tudo, bebe

bastante álcool, faz festas e se prepara pra

faculdade.

Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira

criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um

bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus

últimos nove meses de vida flutuando....E termina tudo

com um ótimo orgasmo!!! Não seria perfeito?"

Charles Chaplin


Gênio.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Era Papel

Existia um jacaré, que gostava de ganhar dinheiro e tirar sarros com a cara dos outros e se gabava por causa do seu emprego.

O jacaré era policial, e devido a isso ele tinha o dever de zelar e cuidar dos conflitos existentes no seu convívio na sociedade. Que de fato eram muitos.

O jacaré se chamava Jorge. Jorge tinha dentes enormes, dos quais se gabava muito.

Certo dia Jorge estava fazendo uma blitz e tinha que parar todos os veículos de carga que trafegavam de uma região a outra. Porque existia um bando de hienas que haviam roubado um banco e estavam tentando fugir para outra cidade.

Jorge avistou a alguns metros de onde estava, um caminhão com duas hienas. Ele se encarregou de avisar a todos seus companheiros de trabalho, que tinha avistado os ladrões.

Sem pensar, ele atirou. A bala atravessou o vidro do caminhão e atingiu uma hiena. Devido ao tiro, a hiena ficou inconsciente.

A outra hiena desesperada sem saber o que fazer, fica parada onde está. Paralisada.

O jacaré e seus companheiros chegaram onde as hienas estavam, e com os seus enormes dentes, ficou se “aparecendo” e os ofendeu com palavras de baixo calão.

Os jacarés perguntaram onde as hienas haviam escondido todo o dinheiro que haviam roubado do banco. A hiena que estava consciente, porem assustada, respondeu rápido e repetitivamente que não sabia de dinheiro nenhum.

Jorge mandou que os executassem, por que eles então os esconderiam em algum lugar onde ninguém pudesse imaginar. E mentiriam que não haviam os encontrados e assim ficariam com o dinheiro roubado e repartiriam o dinheiro entre eles.

Depois de executar as hienas, foram até a parte inferior do caminhão para pegar o tal dinheiro.

Quando abriram os sacos que havia dentro do caminhão, tiveram um apavoramento, por que o que tinham dentro dos sacos ao invés do dinheiro, era papeis que certamente teriam que ser entregues a todas as livrarias da cidade.

O jacaré Jorge esqueceu de lembrar que existem muitas hienas no mundo. E que nem todas elas são necessariamente iguais.

As hienas de fato, não voltaram mais para suas casas, e o seu jacaré e seus colegas continuam a solta. Cuidado.

Um Ídolo

É difícil para um fã ver ser ídolo na "sarjeta".

Um ídolo que tem tudo pra dar certo, canta bem, tem postura no palco, músicas maravilhosas... E sem dúvidas, é hoje uma das artistas mais talentosa de todos os tempos, se não a mais talentosa.

E esse ídolo vai se detonando a cada dia que passa. A cada dia você ouve uma noticia nova, ruim de fato.

Um ídolo que conquistou tanto e agora parece tão pouco, se deixando levar pelas drogas. E a mídia nas suas custas faz a festa.

Um ídolo tão novo, que torço pra que muitos anos de vida pela frente... Se ao menos se cuidasse...

É difícil ver alguém que você realmente gosta nesse estádio. Critico por sinal.

Creio que esse ídolo precisa de ajuda, mas o primeiro passo é ele mesma se ajudar.

Esse ídolo ganhou uma réplica de cera no famoso museu Madame Tussauds, em Londres.

E o que eu torço todos os dias, é pra que esse ídolo, Amy Winehouse, não acabe somente na estatua de cera.

Imagem da réplica de cera de Amy:


domingo, 17 de agosto de 2008

Continuou



Passos curtos, cumpridos, vão e vem, palavras misturadas, pessoas diferentes, e outras disfarçadas.

No corredor ela vai, passo a passo, quase cai. Rostos deferentes, sorrisos verdadeiros, sorrisos amarelados, sorrisos mal dados... Ali tudo se vê, basta querer.

A alguns metros dali, enxerga quem não queria enxergar, por um segundo a ansiedade medrosa fez seu coração parar. Os passos diminuíram, não sabia se parava ou se seguia. Queria mas não queria.Ele a viu, e fingiu que algo dentro dele nada sentiu. Seu pensamento fugiu.

Os olhos se olharam, as bocas se abriram, e as almas suspiraram.

No mar azul do seu olhar ela se perdeu, e a escuridão do dela, ele conheceu. Aproximavam-se, e o coração de ambos, bateu. Tudo em volta parecia andar lentamente, como em câmera lenta, e todas as pessoas ali andavam como se pisassem em ovos, devagar, e suavemente.O sol banhava o corredor, as cortinas abanavam com o vento frio que fazia naquela manhã de inverno, que para ela era vazia.

Queria desaparecer como nos filmes... Os passos dela se aproximavam dos dele, e as criaturas em volta, pareciam abrir caminho. Ela ia pensando em tudo e tropeçando em seus próprios passos, nos seus cadarços do all star vermelho como a cor da sua camiseta, que combinava com sua causa jeans, ia pensando e imaginando dois a sós. Com os pés molhados na areia da praia como se vê nos filmes de romance, onde tudo da certo.

Ele queria, mas não sabia demonstrar, só queria caminhar e dela passar, mas ao mesmo tempo queria parar e conversar, mas o assunto se escondia.

O espaço da distancia era menor, cada um que passava, notava, a aflição da menina, que gostava e desgostava.

Ele sabia que não podia, mas queria, ela não queria, e nem podia, pelas ofensas do passado não podia perdoar, mas perdoava.

Há tempos que os dos se conheciam, até os desejos mais profundos, os objetivos, sonhos, defeitos, até mesmo os lábios ardentes de paixão. Se não fosse a terceira pessoa que se envolveu nesse romance tão balançado, tudo acabaria bem. Até que chegasse um novo alguém, que iria roubar esse sentimento de alguém.

Um ser que não sabia amar, só sabia querer. Não tinha objetivo, e roubava indiretamente os da moça da camiseta vermelha que combinava com o all star que eram que combinavam com a calça jeans.

Eram amigos, de escola, de passeios, de conversar, de amigos.

Essa terceira pessoa, de fato cometeu um assalto. Roubou um sentimento de amor que existia lá no alto. Quando menos esperavam, uma naja ali havia, e talvez a menina até soubesse, mas fingia que desconhecia. Com um sentimento bonito, destruiu, e quando tudo se arruinava de fininho saiu.

Ele pediu desculpa a moça da camiseta vermelha, ela não sabia dizer não, porque o sentimento dela ainda continuava vivo. Não intacto, por estar machucado e por ter sido ferido, mas continuava vivo. Só não queria velo mais ao vivo. Ela soube perdoar e a terceira pessoa sempre tenta a ver fraquejar... A moça do altar dessa pessoa continuou amiga, por não gostar de brigas, mas nada tampou a ferida, que continua aberta e viva.

Meninas diversificadas dentro do coração dele já passaram e no dela, um único só. Que ela mesmo sente dó.

Devido a tudo isso que foi relatado, e muito mais que pela terceira pessoa foi aprontado, os seus passos andavam ainda meio atrasados.

Só sabia deitar e chorar, por saber que esse alguém nunca mais vai voltar.

Um centímetro se era, era muito. Sabia que não poderia passar e nada falar, mas não queria mais encontrar.

Os olhos se entreolharam novamente, um sorriso verdadeiro se abriu, e um sentimento de alivio um quanto o outro, sentiu. Um beijo educado no rosto foi dado, um "tudo bem" foi perguntado, e respondido foi um "bem".

Tudo voltava ao normal, as pessoas falavam alto e caminhavam rápido, os dois iam caminhando em direções diferentes, ela olhava e ele de lado já ia seguindo.

As pessoas para suas salas entraram, e na escada ele desceu, ela fingiu ser forte, mas sofreu. Vendo seu amado, que ali já não estava mais parado, chorou por dentro por não o ter do seu lado.

Por mais que quisessem ser amigos de novo, a intimidade parecia fugir e nem um nem outro conseguia interagir. O duro foi ter que entender que cada um tinha que ir, e seu caminho próprio seguir. Sabem que um no outro vai ficar guardado, e na história, ficar marcado. Só o que ela quer é que tudo volte como era antes, ele já não sabe...

Ela esta sempre só, ele tem amigos como só, o tempo vai passando e as coisas pouco a pouco se ajeitando, até que ela se esquece, e se pega imaginando...

Ele não se lembra, mas relembra das baixezas que cometeu, e um grande amor perdeu...

Ela só lamenta, e quando pensa, quase não agüenta...

O que restou foram os retratos que dentro de uma caixa se encontram trancados, tristes por não serem olhados.

Uma extensão desse amor não vai se apagar, e sabe que a amizade, mesmo que distante vai ficar... E isso a faz lembrar, sorrir, chorar...

Um dia desses pode tudo voltar a ser, e um do outro não vai mais estar fugindo, e seus caminhos enfim, vão seguindo, e um dentro do outro vão sentindo, como seria se a terceira pessoa nunca tivesse aparecido.

sábado, 16 de agosto de 2008

Improviso...

Eu acho bacana ter um blog, onde as pessoas contam coisas de suas vidas, ou textos, enfim. Eu nunca tive um blog, devido a isso, vamos ver como vou me sair. (espero que bem) obvio que hoje as coisas não vão fluir muito, mas com o tempo vou criando uma certa intimidade aqui, digamos assim.

Como é minha primeira vez aqui, vou improvisar...
Eu resolvi criar um blog pra contar coisas do meu cotidiano insano e colocar aqui algumas coisas que escrevo (poemas, se é que podem ser nomeados assim). Ou escrever quando tiver vontade mesmo. Porque as vezes eu sofro de transtorno bipolar, e assim como eu quero eu posso daqui um segundo não mais querer. haha!

Além de ter alguns transtornos bipolares, acho que sofro de agorafobia (?). ahahaha
Eu não sei, mas tenho algumas características em comum com esse pânico que é agorafobia.

Características:

“A relação entre a agorafobia e o pânico é muito próxima”. Existe transtorno do pânico sem agorafobia, mas a agorafobia sem pânico é rara, havendo até mesmo quem afirme que não existe agorafobia isoladamente. De 1/3 a 1/2 dos pacientes com pânico apresentam agorafobia. As crises de pânico são bastante desagradáveis, mas não afetam o ritmo de vida como a agorafobia faz: torna os pacientes dependentes de outras pessoas para sair de casa e fazer as coisas mais elementares como comprar um pão na padaria. A agorafobia pode impedir o paciente de ir ao trabalho, ao médico, de ajudar quem dele precisa. Pode até impedir o paciente de comparecer a ocasiões especiais como o casamento do próprio filho. A agorafobia pode tanto se manifestar de forma específica ou generalizada como sair de casa. Os lugares específicos mais freqüentemente atingidos pela a agorafobia são os túneis, passarelas, pontes, avenidas largas ou rodovias; pode se manifestar pelo medo de multidões como nos shopping centers, restaurantes, filas, cinemas, teatros, elevadores. A limitação eventual incomoda pouco, mas quando atinge locais essenciais como ônibus, carros, metrô ou trens a vida do paciente fica bem mais comprometida. Toda essa dificuldade sempre é superada pela companhia de alguém: às vezes basta uma criança como companhia para o agorafóbico sentir-se tranqüilo. Por causa da necessidade de companhia, a agorafobia interfere na dinâmica da família. Há pacientes que não toleram ficar sozinhos em casa, precisando ou exigindo a presença de alguém. Este tipo de problema provoca irritação nos parentes que quando não conhecem o problema passam a hostilizar ou ridicularizar o paciente que sofre com sua ansiedade e com a incompreensão. Quando o tratamento não é feito ou não é conhecido, o paciente realmente depende da presença de outras pessoas, e surge com isso um sentimento de culpa por estar interferindo na vida dos outros e ao mesmo tempo uma inconformidade com essa situação incontrolável é incompreensível para o próprio paciente. A impossibilidade de solucionar o problema leva o paciente a pensar em suicídio e a desenvolver um quadro depressivo."

Eu não sou depressiva nem penso em cometer suicídio, mas como eu não sei o dia de amanhã... Eu não posso dizer nada.

Eu realmente odeio locais onde tem muita gente em volta, eu amo ir a shows, mas me sinto super desconfortável com todo aquele tumultuo de pessoa em minha volta. Mas eu agüento, e isso indica que meu caso não é tão ruim assim.

Eu não gosto de ir a padaria, mas nunca achei que isso de certa forma fosse uma "doença". Acreditava que era preguiça mesmo. hahaha .______.

Mas de fato é real, que quando tenho companhia faço qualquer coisa e vou a qualquer lugar, seja onde tem grande concentração de pessoas ou não.

Também odeio freqüentar médicos, mas achei que isso acontecesse pelo fato de eu ter meio que um anseio estúpido de jalecos brancos, e de me sentir sufocada com aquele cheiro de luvas de dentista que os hospitais tem.

Ou sei lá, achei que eu pudesse sofrer de um leve distúrbio mental mesmo. Sei lá.

Mas dizem que isso "cura" espontaneamente ao longo do tempo. E enquanto isso eu fico aqui, escrevendo, escrevendo...
Afinal, nem sei se sou agorafóbico mesmo!

Meus erros de português são constantes, por isso, desconsiderem.
Tomara que seja visitado. Enfim, era isso.