quarta-feira, 1 de julho de 2009

Não solta da minha mão

Prefiro o mar da noite...
Eu sei que o mar da noite é o mesmo mar do dia, mas a noite expõe melhor a beleza do mar.
Na noite não se enxerga imperfeição das águas, ou a sujeira que ela contém: se vê apenas o brilho do céu refletir no mar.
Passa das sete agora, e no inverno o vento parece cortar o rosto da gente só com um sopro leve.
Estou aqui sentada na areia assistindo a água dançante, e os grãos de areia estão entrando nos meus olhos, devido à rapidez com que o vento passou a soprar agora.
Eu sei que tu estas por aqui, então senta aqui do meu lado, senta sobre o meu chinelo pra não molhar tuas calçar. Chega um pouco mais perto, deixa os meus braços ao teu redor, pra um abraço mais aconchegante. Senta assim, entre as minhas pernas, me deixa sentir o perfume dos seus cabelos negros, e o cheiro que só tu tens.
Tem as estrelas hoje, e a lua está pra nós essa noite. Não precisamos de televisão pra nos distrair (se bem que não precisamos de distração). E tem meu corpo pra te servir de travesseiro e cobertor, então não precisamos voltar pra casa essa noite.
Amanhã estarei ao teu lado, pra ver um novo dia acordar, e quando o sol morno da manhã tocar o teu rosto fazendo os teus olhos se abrirem e me fitar, eu vou fitar os teus lábios macios, e os meus irão tocá-los.
Fica comigo... Fica essa noite, e todas as outras. Fique sempre.
A gente sabe de onde vem a calma, e por ser assim, por favor, não solta da minha mão.