domingo, 28 de setembro de 2008

Eu ainda te contenho

Eu te evito...
E não aprendo a aceitar
que de ti eu necessito,
e que a tua falta
eu ainda sinto.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Não fique amofinado

Procuras não amofinastes
Pois o sol ainda brilha lá fora
E os pássaros não notam o teu contraste
E não a de chover agora

E na noite a lua é vistosa
E vós podeis a cortejar
Com um belo verso ou prosa.

Pois tu ais de ser pacato
E a beleza da lua
Há de reconhecer seu nobre ato

E tudo no silêncio das palavras será entendido
Se por ti, nada for dito.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Aprendi

Aprenderemos a viver realmente, quando reconhecemos o fato de que o pra sempre não existe, e um dia isso tudo que temos ira acabar. Mas que os nossos sentimentos são para a eternidade, e que isso sim, nunca morrerá.



terça-feira, 16 de setembro de 2008

Acomodados

Uma pequena minoria
comanda
uma grande maioria

A maioria
aplaude sorrindo
E sentados
são assaltados.

domingo, 14 de setembro de 2008

Um vazio


Estou vazia de alguns elementos humanos. Ou distante de mim mesma, não sei...

Eu não costumo falar diretamente dos meus problemas pessoais aqui, mas hoje me “deu” uma louca, e mesmo que eu me arrependa mais tarde, vou desabafar aqui.

Como as pessoas fazem para nunca deixar de sorrir? De certa forma, eu acho que o sorriso deveria brotar em mim, e nunca mais sair.

Quero que os meus problemas, e todos aqueles personagens idiotas reais que participam deles, se danem. Que sumam, e não voltem nunca mais.

E é somente isso que eu quero pra hoje. E que ninguém venha me falar de amor, pois se acontecer o contrario, irão ouvir aquilo que não é de fato, necessário.

E que não me tirem pra “queridinha” hoje, que não vai ser muito legal. Mas se tiver afim, vai lá... Tenta, e vê no que vai dar.

Queria abrir a portinha do precipício e jogar alguns seres medonhos que insistem em habitar minha vida. E por causa dos tais, se torna medonha também.

sábado, 13 de setembro de 2008

Auto-retrato

Uma fantasia tingida
Um fantasma que vaga por ai
A procura da vida
Ou uma amizade colorida

Uma inutilidade visível a todos
Uma utilidade
Para poucos
Um amor reprimido

Uma atitude discutível
Eu sou
Um tanto quanto invisível

Sem muito para aproveitar
Um pedacinho desconhecido entre tantos
Sem nada pra contar

Uma peça do tabuleiro
Preta, branca... Tanto faz
Quebrada, talvez.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A tarde chorou

A tarde está com cara de quem chorou
O vento sopra furioso
Os galhos das arvores dançam
E as roseiras
De um lado para o outro, se balançam.

Não se cansam...

O sol aparece, mas não permanece.
E de imediato, atrás das nuvens se esconde.
Assim o vento volta, e leva meus pensamentos para longe...
Para onde ninguém sabe onde.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Passa chuva, passa.

Essa chuva que não passa...
O meu coração que igual a ela,
vive na mais pura desgraça.
Chuva que não passa...
E o aperto que por dentro de verdade me amassa
essa chuva que não passa
passa, passa...


Passa, desgraça, passa.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Diante dos vermes



Aos levianos...
Calo-me por opção
Para que os fins,
Se justifiquem como ação


Sendo assim
Os tais, não precisarão formular uma leviana conclusão.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Um feijão mal plantado não brota


Um poema foi escrito a baixo de choro, quase não se enxergava o que estava escrevendo, apenas o tato estava presente no momento.
Dez linhas eram poucas, quase nada, pensou em fazelo um pouco maior, mas o que tinha nos pensamentos era apenas um vazio.
Queria colocar junto a uma caixa de bombons que eram os preferidos do amado, e entregar as escuras. Pois a timidez talvez, era maior que a sua coragem de tentar dizer aquilo que sonhava todas as noites, e às vezes sem sonhar, se iludia em pleno dia, e viajava por entre as nuvens, porem com os pés no chão.
Sua situação não era das melhores, parecia estar com problemas pessoais, mas tinha dificuldade de se abrir com outras pessoas. Era uma pessoa que guardava segredos, não gostava de mistérios, mas era misteriosa, era mais fechada do que a tumba, que é lacrada pro morto não sair correndo.
Tinham amigos e familiares, mas era sozinha.
Sua paixão pelo rapaz da guitarra azul, dos cabelos negros arrepiados como um porco espinho, e dos olhos esmeralda e as vezes azuis como o fundo do oceano era maior do que o monte Everest, e era mais frio do que as águas que saem da torneira no inverno congelante, e menos correspondido do que uma carta não entregue.
Como se tivesse uma bola de cristal, que nela tudo pode ser visto, sabia de tudo que com ele estava acontecendo, onde estava e com quem andava.
Já não era mais uma paixão comum, como muitos de nós já presenciamos e até vivemos. Tinha deixado de ser paixão, e agora o nome do que tinha dentro de si era obsessão.
Não aceitava conselhos, não queria se envolver ou tentar viver sem
. Queria aquele que não queria saber do amor e nem que cor ele tinha.
Certo dia resolveu contar, não diretamente para ele, mas para uma folha de papel amarela que já estava sendo ruída pelas traças.
No papel velho, como o seu amor por ele era, escreveu juras de amor e letras de músicas que eram suas favoritas, adesivos, desenhos e corações foram ali desenhadas pelas delicadas mãos que desejavam poder sentir o calor do corpo do amado, tocar seus cabelos negros como a escuridão.
Não tinha com quem desabafar, talvez até tivesse, mas a vergonha não colaborava com a vontade. Fazendo assim então que a angustia morasse dentro do seu coração.
Como uma canção que o radio já estava gasto de tanto cantar, cantava em sua mente a voz do rapaz que era doce como uma bala de mel, grave e melosa como se tivesse sido equalizada, e era como se estivesse ouvindo dentro de grandes amplificadores.
Só isso, somente ele o bastava, mas a realidade não deixava de avisar que o rapaz ali não estava.
Tomou uma decisão, que era de dizer o que dentro do seu peito guardava com aflição.
Em frente ao mercado de peixes, que fedia mais do que carniça, mascou de entregar a ele um bilhete, naquele papel velho e amarelado que dizia tudo o que sentia.
Após entregar, ficou na angustia pra saber o que ele decidiria.
Dias e dias, noites e noites, esperando por uma resposta que queria muito ouvir, ou alguma que não fosse à tão esperada, teria que desistir.

Passeando pelos campos arejados e lotados de tranqüilidade que em seu bairro havia, encontrou uma amiga.
-Hei Maria, resolvestes sair da toca? Indagou a moça com um ar de ironia.
- Não, respondeu Maria.
O silencio predominou por alguns segundos.
- O que era aquilo que vós entregastes ao João aquele dias?
Maria sentiu suas bochechas esquentarem, ficou roxa de vergonha, e não sabia se dizia ou não. Foi quando disse:
-O que havia escrito lá, não diz respeito a ninguém, a não ser para eu e ele.Não estou querendo lhe ofender nem estou sendo grossa, só quero guardar um segredo, e depois contarei.
A menina, amiga de Maria, não sabia se fala ou ficava quieta, não sabia se deixava Maria se iludir ou contava a ela aquilo que teria visto em instantes após João receber o bilhete.
Não agüentou e falou:
-Maria, preciso lhe contar algo.
-Diga logo. Disse Maria aflita.
- Logo depois que tu entregaste o tal do bilhete ao João, ele leu.
Maria empolgou.
-Me diga, ele gostou... O que disse? Ele me assumira como sua namorada para todos saberem?
-Não queria lhe contar para não te ver triste, mas também não queria lhe ver iludida,alimentando algo que não existe. Então vou lhe contar. João ficou lendo o bilhete por alguns minutos, e após isso começou a rir sem parar como se ali estivesse escrito algo engraçado ao ponto de deita e rolar. Depois chamou os seus colegas e mostrou, logo depois rasgou e jogou fora, como se o que ali tinha escrito não teria significado algum para ele. Desculpe-me por dizer, mas achei que pudesse ser melhor assim, e você poderá ver quem é João realmente. Contou a menina.
Maria não agradeceu nem a criticou, saiu e nada falou. Foi caminhando lentamente até chegar a sua casa, onde em seu quarto deitou em sua cama, e a lagrima quente escorreu pela face.
Não sabia se era ódio, mas alguma coisa dentro dela gritava como se fosse explodir. O que ela mais queria poder sumir e não ver João jamais.
João teria acabado com o seu grande sonho, talvez o único que tinhas, ele não pensou em lhe dar uma chance e nem se quer pensou nas conseqüências de seus atos.
Para muitos viver amando e não ser amado é normal, por que só querem aquele e a mais ninguém. Para outras pessoas, viver assim é cruel e terrível, pois querem esquecer e não conseguem. E se esquecem de lembrar que jamais conseguimos esquecer pessoas que marcam nossas vidas, como se fosse com um carimbo que ninguém consegue apagar, e se tentarmos isso de mais, uma grande ferida poderá ficar, e muitas vezes aberta sem cicatrizar.
E a todos aqueles que desprezam o amor dos outros por diversão, uma coisa eu tenho em meu coração: “coitado desse que um dia tiver uma grande paixão”.
Maria, como muitas outras, seguiu em frente e deixou para trás todo o sofrimento que um dia tivera com seu amor platônico. Só levou consigo um vazio incolor.
Já João permaneceu sozinho, como um feijão que não brotou.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Refletores


As águas claras
São refletores...
Reflexos da alma.

sábado, 6 de setembro de 2008

Deixe rir



Passam por mim,
E riem
Será que sirvo para palhaça?
Ou riem de mim como se um palhaço vissem?



sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Visita inesperada

A morte não trás consigo, relógios.
Não agenda a visita
Inesperadamente chega
Para levar-te junto.
(Hora da partida)

É uma criança ingrata
Maldosa
Sem ao menos, piedade
Basta presenciar e veras a verdade

Noite ou dia
Indiferente
Esperta
Fica espiando ansiosa na vigia

Um olhar abominável
Vimos uma vez somente
Passa longe de ser amigável

Morrer, é dormir tragicamente
Mas as vezes nem sempre...
Depende de cada paciente.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Meus pés permanecem intactos




Vôo mentalmente

E no chão, os meus pés permanecem

Pois quando eu cair

Pouca coisa me acontece


E se eu me machucar

Aquela ferida aberta

Um dia desaparece.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

A fúria as vezes é maior que nós mesmos

Existem varias formas de expressar a raiva. O modo verbal e o modo físico de agredir alguém. Um fator da segmento ao outro, pois depois de insultar uma pessoa, o individuo descontrolado agride fisicamente, sem dó, e muito menos, sem piedade.

Na hora que o sangue sobe fervente, não se pensa em nada. E é ai que as coisas se agravam, pois o individuo se revolta e desconta sua fúria sem ao menos pensar nos danos que poderá causar.

Muitas vezes descontamos a raiva em pessoas que não tem nenhum tipo de envolvimento com o que esta se passando dentro dos nossos pensamentos. Mas mesmo assim sem pensar, acabamos cometendo o erro de agredir verbalmente uma pessoa sem dos darmos conta disso. Quando nos damos conta, já despejamos a fúria em cima de alguém, e ai então, é tarde.

Se na hora de fúria, um individuo que está insultando o outro não gostar das respostas que serão ditas, ele o agredira por isso.

Como vivemos num mundo onde pessoas, falam, pensam e agem completamente diferente um do outro, talvez discordem, mas creio que se, uma pessoa no “auge” da raiva, se não procurar se acalmar, ou se não parar pra pensar, com certeza ira cometer danos e depois se arrependera. Mas se arrepender é fácil de mais.

Por isso temos que pensar antes de agir, antes de xingar, agredir e outras barbaridades que acabamos cometendo.

Devido a tudo isso e muito mais que estamos acostumados a ver e rever no nosso cotidiano, não tem como discordar da frase de Thomas Hobbes: “O homem é o lobo do homem”. O homem agride o a sua própria espécie com a mesma irracionalidade que um lobo faz. E Talvez Muitos seres irracionais sejam muito mais racionais que muitos homens racionais.

Segundo isso, temos que estar sempre nos “auto policiando”. Pois o lobo que existe dentro de cada homem, as vezes vem a tona causando danos. E depois doas absurdos cometidos lobo recua com o rabo entre as pernas. Arrependido. Até que o lobo seja contrariado, e volte a atacar novamente.