sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Se olho pela janela, é o teu olhar que eu desejo encontrar, ao invés dos galhos das árvores, que dançam conforme o vento toca a música. Num ritmo não muito acelerado.
Se eu toco nas minhas próprias mãos, é com o desejo de me lembrar do modo como meu coração dispara sempre que tu tocas nelas. Podem se passar horas, dias, semanas... Até que tu as toques novamente, mas eu sei que sempre quando tu as toca, uma sensação de euforia toma conta desse meu eu que é mais teu que meu.
Quando ali me deito, no vazio, por não poder te encontrar de baixo das cobertas, eu fico repassando as cenas, buscando dentro das minhas memórias, todos os teus atos, o teu jeito, o teu modo de falar, de me olhar, o calor do teu corpo, o sabor dos teus lábios doces... Não preciso ir muito a fundo, pois as memórias sabem que eu estou ali, e eu não preciso ir à procura delas, pois elas se encaminham ao meu encontro, e é onde todas as noites, antes de fechar os olhos, que eu te encontro.