quarta-feira, 16 de setembro de 2009

accompanied

É um tremor parecido com dor, que vem de baixo pra cima, fazendo a minha alma dentro do meu corpo recolher, e logo após o recolhimento, respire, com ansiedade. É um mecanismo cruel, desagradável, que já me era familiar há alguns meses, contudo nesses últimos dias essa sensação de entrarem em mim, e retirarem meu fôlego junto de um pedaço de força, toda vez que eu lembro a imensidão de passos que estou longe de ti, tem sido quase constante. Eu nem noto, mas quando me dou por conta, meu peito já está aberto esperando que o ar entre e o faça respirar novamente. É como andar numa montanha russa, mas ao invés do famoso frio na barriga, o qual sentimos quando estamos andando em alta velocidade ou descendo os trilhos da tal, com o ar todo para nós, é uma teimosa dor que arde dentro de mim, que faz completamente o inverso: vem de baixo com velocidade fraca, e se instala no peito até que o ar se faça presente uma outra vez.
É tudo saudade...
Não preciso que me dêem explicações de qual é a graça de ter as tintas trancadas dentro de latas, por conseguinte aprendi sozinha a ver que mesmo não podendo pintar as paredes, elas permanecem ali, guardadas, e muito minhas. As coisas nas ruas, paredes, pessoas, podem até não ter a cor que deveriam, pois comigo trago todas as cores e mais algumas, desde o azul mais claro, ao vermelho mais intenso.
Chega com o teu sorriso, e deixa as cores saírem dos baldes, pintando o céu de azul e as paredes de vermelho. Veste verde, que é a cor da esperança, porque sem ela não há caminhada, e eu vou amar ti ver vestindo a cor que mais combina contigo, no meu ponto de vista. Não é sem nexo que eu ache o verde tão a sua cor, consequentemente tu és a minha esperança. Deixa o cabelo ao vento pra me trazer liberdade. Traga o teu amor pra mim, porque isso, e apenas isso, constrói a minha verdade.

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