sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Eu vôo, tu voas, ele voa, nós voamos, vós voais, eles voam.

Estou voando...
Tu caminhas lentamente misturando minhas palavras em minha mente, fazendo-as virar do avesso. No meio dessa confusão toda, eu não esqueço.
Em lentidão eu procuro me reorganizar e voltar ao chão, pois eu não sei se meu coração ainda bate, ou não.
Eu pareço sufocar. O ar eu não consigo soltar...
Você varre minhas palavras, e elas dançam ao vento como as folhas das arvores no outono. Brinca com os meus olhos, os fazendo te encontrar atrás das árvores... Tu te escondes.
-Tolo... Nunca pode se esconder do amor, ele te achara em qualquer lugar. Mesmo que seja apenas dentro de ti somente.
Tu brincas não só com meus olhos, mas com as minhas veias que ardem ao te ver.
Se eu te dissesse a verdade, talvez tu mentisses... Por não querer te amar, talvez eu te amasse... Se tu resolveste ir, eu te buscaria... Longe da realidade, apenas dentro do sentimento, agora eu estaria...
Cá estou eu, procurando respirar em mais um dia de agonia (vazia).
Minha respiração voltou. Despertei, olhei pro lado... Existia apenas um vazio, não te encontrei aqui. Mas tu ainda continuas ali, na esquina, dançando, misturando minhas palavras, varrendo-as para longe, sem que eu possa as apanhar... Continua ainda presente em mim.
O meu amor é parasita, dentro de mim habita. Procurando por ti, ele grita.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Escolha

E a música vai tocando, enquanto ele vai andando. Seus passos um tanto quanto incertos, o chão, vão alinhavando.
Uma estrada longa é a vida, e uma mais curta o chama, por estar aberta ainda a sua ferida.
Seus olhos são escuros como a noite. O luar já não ilumina mais aquilo que dizem ser vida.
Um pobre menino, que vaga por ai, sem um abraço gentil que não lhe mostre interesse.
E nesse jogo todo, o moçoilo continua andando, perto dos dois caminhos se aproximando.
A história passa rápida e linear, quando de repente um pensamento lhe foge, aqueles lindos olhos que tinha aquela linda jovem.
Enquanto seguia em linha torta, e imagem da bela moça dos olhos belos, não saia de sua mente, e o coração no seu peito batia tão rapidamente como a água na chaleira que pula no fogão por estar estupidamente fervente.
Um olhar vagando, olhando sem olhar, não podia mais em um local fixo parar, e uma voz dentro de si gritava, essa não se pode mais amar.
Os cadarços desamarrados, sujos e embarrados, eram levianamente, pisados. Em cada passo, uma incerteza, em cada incerteza, um argumento... Um argumento que de tão igual que vinha sendo, já era nulo como uma árvore sem frutos.
A escuridão tomava sua alma, como um vampiro bebe seu sangue, e o brilho do farol vinha em sua direção.
A estrada parecia pequena em relação à luz que tinha em sua direção, um aperto mais forte sentiu em seu coração, não podia mais continuar navegando em águas tão furiosas, preferiu pular do barco. O barco que antes era tão apertado e sombrio.
Jovem... Tomado pelo amor sem o telo, resolveu enviar a carta sem antes lamber o selo.
Talvez tivesse escolhido a estrada certa. E quem além dele poderá dizer que foi errada?
A luz atravessou, e o jovem dos olhos negros no chão permaneceu. O trem passou...

A sombra clareou, os olhos se fecharam, e o amor permaneceu, porém jamais será dito, a não ser que em outro lugar ele tenha renascido.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Olhos do sol


Um raio de sol
Ilumina a vida
Com seus tons amarelados
Deixa a vida refletir colorida

De cima do lago
Posso ver os cabelos do sol
Posso quase tocar as nuvens
E sentir o perfume do girassol.

Com o corpo estendido no chão
Deixo que o sol me banhe
E meu rosto resseca, como um pedaço de carvão.

A beleza da vida está nos olhos do sol
Que não se vê
Apenas se sente...
Muitas vezes ardente.