Um poema foi escrito a baixo de choro, quase não se enxergava o que estava escrevendo, apenas o tato estava presente no momento.
Dez linhas eram poucas, quase nada, pensou em fazelo um pouco maior, mas o que tinha nos pensamentos era apenas um vazio.
Queria colocar junto a uma caixa de bombons que eram os preferidos do amado, e entregar as escuras. Pois a timidez talvez, era maior que a sua coragem de tentar dizer aquilo que sonhava todas as noites, e às vezes sem sonhar, se iludia em pleno dia, e viajava por entre as nuvens, porem com os pés no chão.
Sua situação não era das melhores, parecia estar com problemas pessoais, mas tinha dificuldade de se abrir com outras pessoas. Era uma pessoa que guardava segredos, não gostava de mistérios, mas era misteriosa, era mais fechada do que a tumba, que é lacrada pro morto não sair correndo.
Tinham amigos e familiares, mas era sozinha.
Sua paixão pelo rapaz da guitarra azul, dos cabelos negros arrepiados como um porco espinho, e dos olhos esmeralda e as vezes azuis como o fundo do oceano era maior do que o monte Everest, e era mais frio do que as águas que saem da torneira no inverno congelante, e menos correspondido do que uma carta não entregue.
Como se tivesse uma bola de cristal, que nela tudo pode ser visto, sabia de tudo que com ele estava acontecendo, onde estava e com quem andava.
Já não era mais uma paixão comum, como muitos de nós já presenciamos e até vivemos. Tinha deixado de ser paixão, e agora o nome do que tinha dentro de si era obsessão.
Não aceitava conselhos, não queria se envolver ou tentar viver sem
. Queria aquele que não queria saber do amor e nem que cor ele tinha.
Certo dia resolveu contar, não diretamente para ele, mas para uma folha de papel amarela que já estava sendo ruída pelas traças.
No papel velho, como o seu amor por ele era, escreveu juras de amor e letras de músicas que eram suas favoritas, adesivos, desenhos e corações foram ali desenhadas pelas delicadas mãos que desejavam poder sentir o calor do corpo do amado, tocar seus cabelos negros como a escuridão.
Não tinha com quem desabafar, talvez até tivesse, mas a vergonha não colaborava com a vontade. Fazendo assim então que a angustia morasse dentro do seu coração.
Como uma canção que o radio já estava gasto de tanto cantar, cantava em sua mente a voz do rapaz que era doce como uma bala de mel, grave e melosa como se tivesse sido equalizada, e era como se estivesse ouvindo dentro de grandes amplificadores.
Só isso, somente ele o bastava, mas a realidade não deixava de avisar que o rapaz ali não estava.
Tomou uma decisão, que era de dizer o que dentro do seu peito guardava com aflição.
Em frente ao mercado de peixes, que fedia mais do que carniça, mascou de entregar a ele um bilhete, naquele papel velho e amarelado que dizia tudo o que sentia.
Após entregar, ficou na angustia pra saber o que ele decidiria.
Dias e dias, noites e noites, esperando por uma resposta que queria muito ouvir, ou alguma que não fosse à tão esperada, teria que desistir.
Passeando pelos campos arejados e lotados de tranqüilidade que em seu bairro havia, encontrou uma amiga.
-Hei Maria, resolvestes sair da toca? Indagou a moça com um ar de ironia.
- Não, respondeu Maria.
O silencio predominou por alguns segundos.
- O que era aquilo que vós entregastes ao João aquele dias?
Maria sentiu suas bochechas esquentarem, ficou roxa de vergonha, e não sabia se dizia ou não. Foi quando disse:
-O que havia escrito lá, não diz respeito a ninguém, a não ser para eu e ele.Não estou querendo lhe ofender nem estou sendo grossa, só quero guardar um segredo, e depois contarei.
A menina, amiga de Maria, não sabia se fala ou ficava quieta, não sabia se deixava Maria se iludir ou contava a ela aquilo que teria visto em instantes após João receber o bilhete.
Não agüentou e falou:
-Maria, preciso lhe contar algo.
-Diga logo. Disse Maria aflita.
- Logo depois que tu entregaste o tal do bilhete ao João, ele leu.
Maria empolgou.
-Me diga, ele gostou... O que disse? Ele me assumira como sua namorada para todos saberem?
-Não queria lhe contar para não te ver triste, mas também não queria lhe ver iludida,alimentando algo que não existe. Então vou lhe contar. João ficou lendo o bilhete por alguns minutos, e após isso começou a rir sem parar como se ali estivesse escrito algo engraçado ao ponto de deita e rolar. Depois chamou os seus colegas e mostrou, logo depois rasgou e jogou fora, como se o que ali tinha escrito não teria significado algum para ele. Desculpe-me por dizer, mas achei que pudesse ser melhor assim, e você poderá ver quem é João realmente. Contou a menina.
Maria não agradeceu nem a criticou, saiu e nada falou. Foi caminhando lentamente até chegar a sua casa, onde em seu quarto deitou em sua cama, e a lagrima quente escorreu pela face.
Não sabia se era ódio, mas alguma coisa dentro dela gritava como se fosse explodir. O que ela mais queria poder sumir e não ver João jamais.
João teria acabado com o seu grande sonho, talvez o único que tinhas, ele não pensou em lhe dar uma chance e nem se quer pensou nas conseqüências de seus atos.
Para muitos viver amando e não ser amado é normal, por que só querem aquele e a mais ninguém. Para outras pessoas, viver assim é cruel e terrível, pois querem esquecer e não conseguem. E se esquecem de lembrar que jamais conseguimos esquecer pessoas que marcam nossas vidas, como se fosse com um carimbo que ninguém consegue apagar, e se tentarmos isso de mais, uma grande ferida poderá ficar, e muitas vezes aberta sem cicatrizar.
E a todos aqueles que desprezam o amor dos outros por diversão, uma coisa eu tenho em meu coração: “coitado desse que um dia tiver uma grande paixão”.
Maria, como muitas outras, seguiu em frente e deixou para trás todo o sofrimento que um dia tivera com seu amor platônico. Só levou consigo um vazio incolor.
Já João permaneceu sozinho, como um feijão que não brotou.
Dez linhas eram poucas, quase nada, pensou em fazelo um pouco maior, mas o que tinha nos pensamentos era apenas um vazio.
Queria colocar junto a uma caixa de bombons que eram os preferidos do amado, e entregar as escuras. Pois a timidez talvez, era maior que a sua coragem de tentar dizer aquilo que sonhava todas as noites, e às vezes sem sonhar, se iludia em pleno dia, e viajava por entre as nuvens, porem com os pés no chão.
Sua situação não era das melhores, parecia estar com problemas pessoais, mas tinha dificuldade de se abrir com outras pessoas. Era uma pessoa que guardava segredos, não gostava de mistérios, mas era misteriosa, era mais fechada do que a tumba, que é lacrada pro morto não sair correndo.
Tinham amigos e familiares, mas era sozinha.
Sua paixão pelo rapaz da guitarra azul, dos cabelos negros arrepiados como um porco espinho, e dos olhos esmeralda e as vezes azuis como o fundo do oceano era maior do que o monte Everest, e era mais frio do que as águas que saem da torneira no inverno congelante, e menos correspondido do que uma carta não entregue.
Como se tivesse uma bola de cristal, que nela tudo pode ser visto, sabia de tudo que com ele estava acontecendo, onde estava e com quem andava.
Já não era mais uma paixão comum, como muitos de nós já presenciamos e até vivemos. Tinha deixado de ser paixão, e agora o nome do que tinha dentro de si era obsessão.
Não aceitava conselhos, não queria se envolver ou tentar viver sem
. Queria aquele que não queria saber do amor e nem que cor ele tinha.
Certo dia resolveu contar, não diretamente para ele, mas para uma folha de papel amarela que já estava sendo ruída pelas traças.
No papel velho, como o seu amor por ele era, escreveu juras de amor e letras de músicas que eram suas favoritas, adesivos, desenhos e corações foram ali desenhadas pelas delicadas mãos que desejavam poder sentir o calor do corpo do amado, tocar seus cabelos negros como a escuridão.
Não tinha com quem desabafar, talvez até tivesse, mas a vergonha não colaborava com a vontade. Fazendo assim então que a angustia morasse dentro do seu coração.
Como uma canção que o radio já estava gasto de tanto cantar, cantava em sua mente a voz do rapaz que era doce como uma bala de mel, grave e melosa como se tivesse sido equalizada, e era como se estivesse ouvindo dentro de grandes amplificadores.
Só isso, somente ele o bastava, mas a realidade não deixava de avisar que o rapaz ali não estava.
Tomou uma decisão, que era de dizer o que dentro do seu peito guardava com aflição.
Em frente ao mercado de peixes, que fedia mais do que carniça, mascou de entregar a ele um bilhete, naquele papel velho e amarelado que dizia tudo o que sentia.
Após entregar, ficou na angustia pra saber o que ele decidiria.
Dias e dias, noites e noites, esperando por uma resposta que queria muito ouvir, ou alguma que não fosse à tão esperada, teria que desistir.
Passeando pelos campos arejados e lotados de tranqüilidade que em seu bairro havia, encontrou uma amiga.
-Hei Maria, resolvestes sair da toca? Indagou a moça com um ar de ironia.
- Não, respondeu Maria.
O silencio predominou por alguns segundos.
- O que era aquilo que vós entregastes ao João aquele dias?
Maria sentiu suas bochechas esquentarem, ficou roxa de vergonha, e não sabia se dizia ou não. Foi quando disse:
-O que havia escrito lá, não diz respeito a ninguém, a não ser para eu e ele.Não estou querendo lhe ofender nem estou sendo grossa, só quero guardar um segredo, e depois contarei.
A menina, amiga de Maria, não sabia se fala ou ficava quieta, não sabia se deixava Maria se iludir ou contava a ela aquilo que teria visto em instantes após João receber o bilhete.
Não agüentou e falou:
-Maria, preciso lhe contar algo.
-Diga logo. Disse Maria aflita.
- Logo depois que tu entregaste o tal do bilhete ao João, ele leu.
Maria empolgou.
-Me diga, ele gostou... O que disse? Ele me assumira como sua namorada para todos saberem?
-Não queria lhe contar para não te ver triste, mas também não queria lhe ver iludida,alimentando algo que não existe. Então vou lhe contar. João ficou lendo o bilhete por alguns minutos, e após isso começou a rir sem parar como se ali estivesse escrito algo engraçado ao ponto de deita e rolar. Depois chamou os seus colegas e mostrou, logo depois rasgou e jogou fora, como se o que ali tinha escrito não teria significado algum para ele. Desculpe-me por dizer, mas achei que pudesse ser melhor assim, e você poderá ver quem é João realmente. Contou a menina.
Maria não agradeceu nem a criticou, saiu e nada falou. Foi caminhando lentamente até chegar a sua casa, onde em seu quarto deitou em sua cama, e a lagrima quente escorreu pela face.
Não sabia se era ódio, mas alguma coisa dentro dela gritava como se fosse explodir. O que ela mais queria poder sumir e não ver João jamais.
João teria acabado com o seu grande sonho, talvez o único que tinhas, ele não pensou em lhe dar uma chance e nem se quer pensou nas conseqüências de seus atos.
Para muitos viver amando e não ser amado é normal, por que só querem aquele e a mais ninguém. Para outras pessoas, viver assim é cruel e terrível, pois querem esquecer e não conseguem. E se esquecem de lembrar que jamais conseguimos esquecer pessoas que marcam nossas vidas, como se fosse com um carimbo que ninguém consegue apagar, e se tentarmos isso de mais, uma grande ferida poderá ficar, e muitas vezes aberta sem cicatrizar.
E a todos aqueles que desprezam o amor dos outros por diversão, uma coisa eu tenho em meu coração: “coitado desse que um dia tiver uma grande paixão”.
Maria, como muitas outras, seguiu em frente e deixou para trás todo o sofrimento que um dia tivera com seu amor platônico. Só levou consigo um vazio incolor.
Já João permaneceu sozinho, como um feijão que não brotou.
5 comentários:
tu e teus textos inspiradores..
muito tri!
=*
Gênio!!!!! você fez uma obra literaria!! Concerteza você escreveria um bom livro,facilmente!
Beijos!
Obs:Minhas exclamações em excesso é no sentido de emoção da palavra.
uau...
muitos joão's no mundo de hoje xP
super legal
parabéns!!! =D
adoro-ty!²
Que bom para maria. Nao haveria de dar sopa boa. :)
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